Escola Livre de Cinema e Vídeo de Santo André - E.L.C.V.

Eventos

Exibição do filme Catarse - exibido na mostra de curtas-metragem digital em CANNES com a presença dos realizadores para bate papo após a exibição

Data do Evento - 22/09/2014


Local do Evento - Parque Antônio Pezzolo - Chácara Pignatari - Sede da E.L.C.V. de Santo André 
Cidade - Santo André


 


Neste dia foi feita a exibição do filme Catarse (exibido na mostra de curtas-metragem digital em CANNES).


Este evento foi proposto por parte da aluna Vanessa Guerra Dziudzik, produtora e editora do Making Off do filme e a administração da escola aceitou e agendou o evento com os realizadores.


No dia da exibição estavam presentes para um bate papo:


 


O Diretor Executivo Daniel Picolo;


o Roteirista e Protagonista Bruno Lopes


e a Editora do Making Off, Produtora e Aluna da Turma 7 da E.L.C.V. de Santo Andté. - Vanessa Guerra Dziudzik


 


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Leia o Projeto Catarse (PDF) clicando aqui.




Veja mais informações sobre o projeto:


 


Resumo do projeto


O projeto “CATARSE” (título provisório) pretende realizar a pré-produção, produção e pós-produção do curta-metragem homônimo.


Um drama sobre violência familiar, com roteiro de Bruno Lopes e co-roteirista Daniel Picolo com duração de 15min (quinze minutos) a 20min (vinte minutos). A produção será toda realizada em São Paulo e almeja estar presente em importantes festivais de cinema brasileiros e internacionais.


“CATARSE” conta a história de Henrique, um jovem por voltas de seus vinte e poucos anos, com poucos amigos e muito misterioso por ter vivido um trauma de infância, é filho único e responsável pela mãe que vive em uma rotina monótona e solitária. Amanda, namorada de Henrique vive com o pai Eduardo. O casal apesar de novos são completamente apaixonados. Porém entre frases e atitudes de Henrique, Amanda desconfia de seu grande amor e não desistira até encontrar as respostas para suas perguntas que nunca são respondidas por Henrique.  


O filme, de maneira simples objetiva, convida o público a refletir sobre as relações humanas e seus traumas ocultos, onde a falta de dialogo e os bloqueios emocionais sempre serão seu maior obstáculo para a busca de felicidade no amor.


 


Descrição 


O curta-metragem “CATARSE” é um drama pessoal, um gênero pouco explorado pelo cinema nacional.


A simplicidade do roteiro e o contexto da rotina dinâmica o qual vive a protagonista, causará questionamentos para com o espectador, seja ele homem, mulher, adulto ou criança, fazendo com que se sensibilize com a história do personagem e reflitam sobre suas próprias história e relações.


O projeto demandará um grande trabalho da direção de arte, peça chave para a estética do filme. As cores e os objetos de cena são essenciais para a construção do personagem e da obra, fundamentais para a compreensão da história. Especial, para que o público perceba, de maneira sutil, as mudanças pelas quais passam o protagonista. Um elenco bem escalado também será fundamental visto que o filme trabalha com poucos diálogos e exige do ator um grande trabalho de expressão corporal.  


(NUMERO) profissionais estarão envolvidos no processo de produção e realização das filmagens, sendo (NUMERO)  na fase de desenvolvimento e pré-produção, pensando, planejando e produzindo o filme; cerca de (NUMERO), mais o elenco e os figurantes na etapa das gravações ;  e outros (NUMERO)  na etapa de finalização e pós-produção, cuidando para que o filme fique com o mais alto padrão de qualidade desde a pré-produção à finalização.


 


Objetivos 


Esse projeto tem o objetivo de levar aos mais variados espectadores um filme contemporâneo e revelador. 


Nesse curta-metragem, a história de Henrique, o protagonista, visa transparecer por meio das experiências vividas intimamente pelo personagem convidando o público a pensar sobre a própria vida e suas relações.  


O roteiro, representante de um gênero pouco explorado pelo cinema brasileiro, a o drama da violência familiar, tem vários níveis de apreensões, podendo ser assistido por um jovem de 16 anos ou por uma senhora de sessenta. O filme tem uma temática universal: relações humanas. Entretanto, o que o faz peculiar é a maneira dramática que ele propõe essa discussão. O drama, o enredo simples e cheio de pontos de virada, torna possível que a história provoque, em qualquer tipo de espectador, uma reflexão profunda acerca dessa temática. 


Pretendemos fazer com que quem assista “CATARSE” saia do cinema comovido pela história de Henrique e ao mesmo tempo reflexivo sobre a maneira que tem vivido e se relacionado com as pessoas a sua volta.


Muitos se identificarão com a história dele, principalmente devido ao contexto em que vive: inserido numa rotina urbana e de muita atividade, como a de milhares de pessoas a nossa volta. Essa similitude provocará no espectador o desconforto que a exposição de suas fraquezas de personalidade causam naturalmente. 


Como se tratam de relações simples como o compromisso, reciprocidade, dedicação e por fim de tudo o amor acima do trauma mais intenso na vida do personagem. A história se torna algo palpável e realista de nossa contemporaneidade.


 


Justificativa do Projeto 


O curta-metragem “CATARSE” trabalha com um gênero pouco explorado e incentivado pelo cinema brasileiro: o drama da violência familiar.  


“CATARSE”, tenta quebrar esse paradigma dos relacionamentos e a falta de comunicação entre as partes envolvidas. Henrique tem um estilo de vida parecido com o de milhares de brasileiros: uma rotina dinâmica, urbana, cercada de afazeres.


Com um pouco mais de 20 anos, ela jamais se sentiu tão apaixonado por alguém e dessa forma, Henrique passa então a conviver com seus traumas em seu intimo mais profundo e se esquivar de seus medos e fantasmas que não o deixam em paz. Não revelar seu maior segredo é sua fuga, o silencio. Até o ponto que fatos começam a cruzar pela sua vida e seu relacionamento com Amanda a ponto de seus segredos ficarem insustentáveis. Henrique pela primeira vez, tem a oportunidade de sentir que alguém se preocupa e mostra afeto por ele. 


O amor acontece inserido nesse cenário jovem e urbano que a cada dia toma novas proporções. Mas sem a cumplicidade e a confiança os atritos e desconfianças passam para o primeiro plano, desgastando a relação, Henrique precisará entender a necessidade de se doar ser verdadeiro e dominar seu traumas e medos, dia após dia, para cultivar o amor entre duas pessoas, situação esta que presenciamos ao longo de nossas vidas e não apenas nos relacionamentos amorosos, mas em todas as relações inter-pessoais.


Através do incentivo fiscal e o apoio do Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura, o projeto do filme “CATARSE” poderá ser executado de forma que a produção seja impecável e com o mais alto padrão de qualidade, sendo possível a contratação de profissionais gabaritados tanto para a equipe técnica, quanto para o elenco, assim como o aluguel de equipamentos que garantam a maior qualidade do som e imagem dessa obra audiovisual.


 


CATARSE


 


Argumento por Bruno Lopes


EXEMPLO


AÇÚCAR


 


 Argumento por Laís Gurjão


Um narrador observa a cidade de São Paulo e algumas pessoas notáveis que poderiam ser protagonistas de uma história.  Uma advogada fundadora de um programa de cultura gastronômica para moradores de rua, um casal de velhinhos que se preparam para um mochilão pela América do Sul, um jovem de 23 anos que já é presidente de um banco.  Entre as muitas possibilidades,  uma garota e nenhuma graça a mais  é a escolhida por ele. Ana, 25 anos, é uma menina sem sal que trabalha como recepcionista da biblioteca municipal. Ana é do tipo previsível e acomodada. Seus dias tem todos a mesma rotina: trabalho , almoço com a avó, novela. E religiosamente, as quatro da tarde, Ana vai ao seu café favorito onde pede um misto quente e um cappuccino. Todos os dias. Sozinha.


Certa tarde, no mesmo café, após comer o mesmo misto quente e tomar o mesmo cappuccino, Ana recebe da garçonete um brigadeiro, presente de alguém misterioso. Ana come o doce sem ter coragem de encarar as pessoas a sua volta, e quem sabe, a possível pessoa que a presenteou. Volta para casa um tanto quanto atormentada com o episódio do e até esquece de ver sua novela. No dia seguinte, Ana perde a hora e sai de casa atrasada. As quatro, está novamente no café. Dessa vez, resolve mudar o pedido, e assim que termina recebe da garçonete um cupcake. Ainda tímida, ela come o doce e novamente não tem coragem de olhar ao redor.


Ana começa a mudar pequenas coisas de sua rotina. No outro dia, acorda mais cedo, lava seus escuros cabelos e os seca com um secador. Na hora de se vestir, Ana arrisca uma blusa estampada, bem diferente das cinzas, brancas e cremes que ela costuma usar todos os dias. No café, ganha um pudim de leite condensado. Nessa tarde, ela resolve olhar para os lados. Seu olhar se encontra com o de um rapaz. A troca de olhares acontece umas três vezes. Ana começa a desconfiar.  Uma jovem entra no café e anda em direção a mesa do rapaz. Ana observa. Até que o cumprimenta com um beijo apaixonado. Suspeita errada.


Mais mudanças ocorrem na rotina de Ana. Programa novo na TV, mais risadas no trabalho, um lindo vestido florido, um discreto batom cor-de-rosa e no café, mini-torta de limão como presente do dia. Ana tenta encontrar o ser misterioso. Ninguém parece suspeito. Até que vê um rapaz saindo do banheiro. Ele senta em sua mesa e seu olhar encontra o de Ana. Mais trocas de olhares.  Ela dá um tímido sorriso e o homem se levanta indo em sua direção. Ana fica nervosa. Ele chega e pergunta se ela se chama Catarina e se não é a sobrinha da irmã do seu namorado. Alarme BEM falso.           A cada dia, um novo doce e aos poucos eles vão ficando mais sofisticados: petit gâteau, profiteroles, pêssegos caramelizados. O cabelo de Ana parece mais bonito, os olhos mais destacados, as bochechas mais coradas, as roupas mais coloridas e mais femininas. O sorriso de Ana também muda como se agora fosse possível ver todos os dentes que ela tem na boca. Seu olhar, antes baixo, agora encara as pessoas. Parece mais feliz. Começa a  levar a avó para almoçar em outros lugares, começa a frequentar cinemas, restaurantes  e conhecer novos pontos da cidade. O que não muda é o café. Cada dia experimentando novas comidas e recebendo um novo doce de presente o que passou a ser parte de sua nova rotina. Ana os come, feliz, e, depois de mais uma tentativa frustrada, desiste de procurar pelo suspeito. 


Até que, certa tarde, Ana não recebe o doce. E na outra tarde também não. Nem na outra. Ana está preocupada. Na quarta tarde sem doce, Ana, fica inconformada e sai do café aos prantos. Anda pela cidade chorando inconsoladamente. Vê uma mãe comprando um churros para o filho. Chora mais. Passa em frente uma loja de chocolates. Chora mais. Em casa, vendo sua novela, um homem dá morangos com chocolate na boca da namorada. Chora ainda mais.  E depois de muito tempo indo naquele lugar todas as tardes, Ana deixa de frequentar o café.


Passa na frente dele e quase entra, mas numa atitude de orgulho, vira a cara e vai embora. E assim os dias passam, sem Ana por lá.


Certa vez, passando orgulhosamente pelo Café, Ana rapara num rapaz entrando. Ele também a olha. Está com o mesmo uniforme da garçonete. Ana acha estranho. Nunca tinha visto aquele homem por lá. Seria um funcionário novo? Discretamente. Ana observa de fora. O moço trabalha no caixa. De dentro do café o homem percebe os olhares de Ana, que se assusta.


Ela sai pela cidade e começa a se lembrar de todas as vezes que ganhara um doce. Muitas vezes o café estava cheio. Mas em alguns momentos, ela era a única cliente e mesmo assim ganhava o presente. A imagem do homem que nunca havia visto começa a entrar em seus pensamentos. Ana parece atormentada. Ela se lembra dos momentos que ia até o caixa pagar a conta e não olhava no rosto do homem que ali ficava. Seria ele?


Ana resolve voltar a frequentar o café. No primeiro dia, sem doces. No segundo dia, também. No terceiro e no quarto, a mesma coisa. Ana parecia descrente mas mesmo assim, continuou indo ao café. Até que, quando já nao havia esperança alguma. Uma mão lhe entrega um brigadeiro. Exatamente como no primeiro dia. Ana sobe a cabeça e seus olhos se encontram com o do rapaz, aquele que sempre trabalhou no caixa no café, mas que Ana nunca reparara. Eles se olham por um momento. Começar a sorrir, encantados. E a rir. 



 

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