Escola Livre de Cinema e Vídeo de Santo André - E.L.C.V.

Notícias

25/05/2021
Amazônia em Foco - Mostra Ecofalante de Cinema - Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia

Programação online com filmes e debates discute a Região Amazônica

 


Um abrangente painel das questões, impasses e possíveis soluções para a Amazônia.

 

Esta é a proposta da Mostra Ecofalante de Cinema - Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia, que acontece de forma online e gratuita de 2 a 9 de junho.

 

O evento ocorre no âmbito da Semana Nacional do Meio Ambiente, instituída em 1981 com o objetivo promover a participação da comunidade na preservação do patrimônio natural do Brasil.

 

Na programação está a exibição de 16 filmes e duas séries para TV. Também são promovidos um ciclo de debates, webinário e master class.

 

Toda a programação pode ser acessada através do endereço www.ecofalante.org.br. Os filmes ficam em cartaz no site da Ecofalante e na plataforma Belas Artes À La Carte.

 

Na programação estão os seis episódios da série exclusiva HBO “Transamazônica: Uma Estrada Para o Passado”, série dirigida por Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel, uma coprodução entre a HBO Latin America Originals e a Ocean Films. A elogiada produção percorre a rodovia BR-230, obra faraônica iniciada durante a ditadura civil-militar (1964-1985), com extensão implantada de 4.260 km e nunca finalizada. Da

extração ilegal de madeira e a rotina nos garimpos ao total abandono da população, a série documental retrata a atual situação de quem vive nas regiões por onde passa a via.

 

Entre os títulos programados está “BR Acima de Tudo”, exibido em pré-estreia mundial. Dirigido por Fred Rahal Mauro, é uma produção do  ((o))eco, um veículo de jornalismo voltado à conservação da natureza, biodiversidade e política ambiental. O filme trata dos impactos da possível expansão da rodovia BR-163, cujo traçado corta a floresta amazônica em direção à fronteira com o Suriname, projeto gestado durante a ditadura civil-militar (1964-1985). A produção foi realizada com o apoio do Rainforest Journalism Fund do Pulitzer Center.

 

Estão presentes na Mostra Ecofalante de Cinema - Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia títulos inéditos comercialmente no Brasil, como “Edna”, de Eryk Rocha, que teve estreia internacional no prestigioso festival suíço Visions du Réel e focaliza as marcas da guerra pela terra em uma moradora nas margens da rodovia Transbrasiliana (BR-153, ou rodovia Belém-Brasília), e “A Última Floresta”, do diretor Luiz Bolognesi, selecionado para a edição deste ano do Festival de Berlim e protagonizado por Davi Kopenawa, xamã da tribo Yanomami corroteirista do filme que vive embates com garimpeiros que chegam a seu território.

 

Na programação está incluído o multipremiado longa-metragem britânico “Quando Dois Mundos Colidem”, que aborda o violento conflito desencadeado na Amazônia peruana por um projeto de extração de petróleo, minério e gás, que vitimou os povos indígenas ali residentes. A obra conquistou, no prestigioso Festival de Sundance, o prêmio especial do júri e foi laureada em eventos na Espanha, Suíça, China, Índia e Coréia do Sul.

 

Ficam disponíveis durante o evento seis episódios da série “A Década da Destruição”, coprodução Brasil/Reino Unido dirigida entre 1980 e 1990 por Adrian Cowell (1934-2011) e Vicente Rios e considerada um marco no documentário ambiental feito no Brasil. A produção apresenta a realidade amazônica, em especial a luta pela terra e a violência de fazendeiros contra trabalhadores rurais, bem como o conflito entre a antiga mineradora CVRD (atual Vale S/A) e garimpeiros. O episódio “Chico Mendes - Eu Quero Viver” focaliza a trajetória do sindicalista, ativista político e ambientalista Chico Mendes (1944-1998), destacando sua luta a favor dos seringueiros da Amazônia.

 

Entre os filmes programados pelo evento estão os premiados estão “Soldados da Borracha” (de Wolney Oliveira), vencedor do prêmio de melhor filme (concedido pelo público) na Mostra Ecofalante de Cinema de 2020; “Amazônia Sociedade Anônima” (de Estevão Ciavatta), finalista do One World Media Awards, um dos mais importantes prêmios internacionais da área; “Mataram Irmã Dorothy”,  coprodução EUA/Brasil que venceu o grande prêmio do júri e prêmio do público no cultuado Festival SXSW ao acompanhar o julgamento dos assassinos de irmã Dorothy Stang; e “Serra Pelada: A Lenda da Montanha de Ouro” (de Victor Lopes), sobre o maior garimpo do Brasil e premiado como melhor filme no FICA - Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental.

 

Título selecionado para o Festival de Berlim, “O Reflexo no Lago”, de Fernando Segtowick, trata de comunidades ribeirinhas localizadas próximas da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. Já projetos com propostas de uso da floresta de maneira sustentável estão em “Amazônia Eterna”, de Belisario Franca, vencedor do prêmio de melhor documentário no BRAFFTV - Festival de Cinema Brasileiro em Toronto. A atriz Christiane Torloni dirige, em parceria com Miguel Przewodowski, “Amazônia, o Despertar da Florestania”, uma discussão sobre questões ambientais da floresta amazônica. “Sob a Pata do Boi”, de Márcio Isensee e Sá, focaliza a relação da pecuária com a Amazônia e mereceu premiações na Mostra Ecofalante de Cinema e em eventos na França, Espanha, Portugal e Venezuela. Já no curta-metragem “Ameaçados” a diretora Julia Mariano mostra a luta de pequenos agricultores do sul e sudeste do Pará, tendo acumulado premiações na Mostra Ecofalante de Cinema e em diversos festivais.

 

A Mostra Ecofalante de Cinema - Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia apresenta ainda três dos mais importantes filmes assinados por Jorge Bodanzky: o clássico “Iracema, Uma Transa Amazônica” (1974), codirigido por Orlando Senna, “Jari” (1979) e “Terceiro Milênio” (1981), ambos codirigidos por Wolf Gauer. 

Um ciclo de debates coloca em discussão diferentes questões que afetam a Amazônia, como o uso das terras, infraestrutura, bioeconomia e crise climática. Participam dos encontros, entre outros, o documentarista João Moreira Salles, o professor Ricardo Abramovay, a Secretária de Ciências e Tecnologia do Amazonas Tatiana Schor, Danicley de Aguiar, do Greenpeace Brasil, e os cineastas Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel.

  

Em 3/06, quinta-feira, às 19h00, acontece o debate “Para Onde Leva a Transamazônica?”.  Participam os diretores da série exclusiva HBO “Transamazônica: Uma Estrada Para o Passado” Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel, o documentarista João Moreira Salles, Alessandra Munduruku (a confirmar) e Danicley de Aguiar, Sênior Campaigner no Greenpeace Brasil. A jornalista Flavia Guerra faz a mediação.

 

“Amazônia: Uma Questão de Terra(s)” é o tema do debate agendado para 4/06, sexta-feira, às 19h00. São várias as atividades econômicas que fazem pressão sobre a maior floresta tropical do mundo e os povos tradicionais que lá vivem. Atualmente, uma série de leis em tramitação procura regular tais atividades. Quais são os principais beneficiários dessas leis? Participam do encontro Brenda Brito, pesquisadora do Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia), Marcello Brito, presidente da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio) e Sônia Guajajara, líder indígena nacional (APIB). O jornalista acreano Fábio Pontes faz a mediação.

 

Na segunda-feira, 7/06, às 19h00, acontece o debate  “Amazônia: Infraestrutura Para Quem?”. A Amazônia é palco de atividades econômicas desde o Brasil Colônia, mas foi só na ditadura militar que os projetos de desenvolvimento em grande escala surgiram, trazendo consigo uma ocupação desordenada e um forte desmatamento. Hoje, fala-se muito na necessidade de infraestrutura na região para alavancar a economia e apoiar um projeto de desenvolvimento sustentável. Como resolver o gargalo sem ampliar a destruição? Será necessário uma nova compreensão do território para alcançar esse objetivo? Integram a mesa Ana Cristina Barros, pesquisadora do CPI - Climate Policy Initiative, Suely Araújo, especialista-sênior em Políticas Públicas do Observatório do Clima e ex-presidente do IBAMA, e Simão Jatene, ex-governador do Pará. Sérgio Leitão, diretor do Instituto Escolhas, faz a mediação.

 

“Raízes da Amazônia: Projetando o Futuro” é o debate da terça-feira, 8 de junho, às 19h00. Quando o tema é o futuro da Amazônia, fala-se em bioeconomia, mercado de carbono, valorização da floresta em pé, inúmeros projetos que contemplam a biodiversidade da maior floresta do mundo e os ‘serviços ambientais’ não contabilizados que ela presta. Por outro lado, há também uma efervescência cultural - nas artes, na gastronomia, no pensamento e conhecimento milenar das múltiplas culturas da Amazônia que necessitam de reconhecimento. O debate propõe um novo olhar sobre a Amazônia, seu enorme potencial e a contribuição de seus povos. Participam Ricardo Abramovay, professor sênior do Programa de Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE/USP) e autor de "Amazônia: Por uma Economia do Conhecimento da Natureza", a Secretária de Ciências e Tecnologia do Amazonas Tatiana Schor e Eliakin Rufino, compositor e produtor musical de Roraima. Mariano Cenamo, diretor do Idesam/AMAZ faz a mediação.

 

Encerrando o ciclo de debates, na quarta-feira, 9 de junho, às 19h00, o evento “Amazônia e os Futuros Possíveis”. Trata-se de uma conversa sobre o documentário "BR Acima de Tudo", que retrata a diversidade socioambiental em uma das partes mais preservadas da floresta brasileira, e as perspectivas da chegada de uma rodovia na região. Participam da mesa Fred Rahal Mauro, diretor do filme, e, a confirmar, Angela Kaxuyana, da COIAB - Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, e Carlos Printes, da ARQMO - Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná.

 

A programação da Mostra Ecofalante de Cinema - Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia conta ainda com o webinário “A Crise Climática e a Amazônia”, uma parceria do evento com a USP - Universidade de São Paulo agendada para a segunda-feira, 7 de junho, das 10h00 às 12h00. Entre os convidados estão dois dos mais influentes cientistas brasileiros da atualidade: o professor Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP, que atua principalmente nas questões de mudanças climáticas globais e meio ambiente na Amazônia, e o climatologista e meteorologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), especialista em mudanças climáticas e Amazônia. Com participação a confirmar, Sinéia do Vale, do CIR - Conselho Indígena de Roraima, a brasileira convidada pelo presidente norte-americano Joe Biden para a Cúpula do Clima. O webinário é fruto do Acordo de Cooperação Técnico-Educacional entre a Ecofalante e a USP, consolidado em 2018 por meio do Programa Ecofalante Universidades, da Superintendência de Gestão Ambiental (SGA-USP) e da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU-USP). Mais detalhes sobre o webinário e informações sobre como participar serão divulgados em breve no site e nas redes sociais do evento.

 

Uma master class ministrada pelo cineasta Jorge Bodanzky acontece na terça-feira, 1 de junho, às 17h00, em uma parceria do evento com a Spcine, a empresa de cinema e audiovisual de São Paulo. Intitulada “O Cinema Ambiental de Jorge Bodanzky”, a atividade focaliza a questão ambiental nos filmes do cineasta, exibindo e comentando trechos de alguns de seus documentários mais significativos. Com uma trajetória de mais de 50 anos dedicados ao cinema documental, o realizador tem revelado em seus trabalhos a realidade brasileira em seus múltiplos aspectos. Mais detalhes sobre como participar da master class serão divulgados em breve no site e nas redes sociais do evento.

 

A Mostra Ecofalante de Cinema - Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia é uma iniciativa da Ecofalante, entidade que atua nas áreas de cultura, educação e sustentabilidade que é responsável pela Mostra Ecofalante de Cinema, considerado o maior evento audiovisual da América do Sul dedicado a temas socioambientais e cuja 10ª edição ocorre no mês de setembro.

 

A cerimônia de abertura da Mostra Ecofalante de Cinema – Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia está agendada para o dia 2 de junho, quarta-feira, às 19h00, e pode ser acessada pelo endereço www.ecofalante.org.br. Participam do evento diretores das obras programadas.

 

A Mostra Ecofalante de Cinema - Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia é viabilizada através da Lei de Incentivo à Cultura e do Programa de Apoio à Cultura (ProAC). Tem patrocínio do Mercado Livre, Colgate e da Spcine, empresa pública de fomento ao audiovisual vinculada à Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Conta com apoio da White Martins, Valgroup, Itaú,  Oji Papéis, HBO e WWF-Brasil. É uma produção da Doc & Outras Coisas e coprodução da Química Cultural. A realização é da Ecofalante, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do Ministério do Turismo e do Governo Federal.

 

Os filmes são disponibilizados no site da ecofalante.org.br e na plataforma parceira Belas Artes à La Carte.

 

serviço:

Mostra Ecofalante de Cinema - Semana do Meio Ambiente: Especial Amazônia

de 2 a 9 de junho de 2021

online e gratuito

 

acesso aos filmes e demais atividades:

www.ecofalante.org.br 

 

redes sociais:

www.facebook.com/mostraecofalante 

www.twitter.com/mostraeco 

www.youtube.com/mostraecofalante

www.instagram.com/mostraecofalante

 

atendimento à Imprensa:

ATTi Comunicação e Ideias - Eliz Ferreira e Valéria Blanco

(11) 3729.1455 / 3729.1456 / 9 9105.0441

 

 

 

 

PROGRAMAÇÃO (horários de Brasília)

 

1º/06, terça-feira

17h00

* master class “O Cinema Ambiental de Jorge Bodanzky”

 

 

2/06, quarta-feira

19h00

* cerimônia de abertura

 

20h00

* “Soldados da Borracha” – Wolney Oliveira [disponível até às 20h00 de quinta-feira, 3/06]

 

21h00

* “BR Acima de Tudo” – Fred Rahal Mauro [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

 

 

3/06, quinta-feira

CONTINUAM EM CARTAZ
* “Soldados da Borracha” – Wolney Oliveira [disponível até às 20h00]

* “BR Acima de Tudo” – Fred Rahal Mauro [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

 

15h00

* “Quando Dois Mundos Colidem” – Heidi Brandenburg Sierralta e Mathew Orzel [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* Amazônia, o Despertar da Florestania” – Christiane Torloni e Miguel Przewodowski [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Sob a Pata do Boi” – Márcio Isensee e Sá [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

 

19h00

* debate “Para Onde Leva a Transamazônica?”, com Danicley de Aguiar (Greenpeace Brasil), Fabiano Maciel (cineasta), João Moreira Salles (documentarista e editor fundador da revista Piauí),Jorge Bodanzky (cineasta),  Alessandra Munduruku (a confirmar) e Flavia Guerra

 

20h00

* “Transamazônica: Uma Estrada Para o Passado” (episódio 1 - “Tudo Começa no Mar do Nordeste”) – Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel [disponível por 4 horas]

 

 

4/06, sexta-feira

CONTINUAM EM CARTAZ
* “BR Acima de Tudo” – Fred Rahal Mauro [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]
* “Quando Dois Mundos Colidem” – Heidi Brandenburg Sierralta e Mathew Orzel [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* Amazônia, o Despertar da Florestania” – Christiane Torloni e Miguel Przewodowski [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Sob a Pata do Boi” – Márcio Isensee e Sá [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

 

15h00

* “Edna” – Eryk Rocha [disponível até às 15h00 de sábado, 5/06]

* “Serra Pelada: A Lenda da Montanha de Ouro” – Victor Lopes [disponível até às 15h00 de domingo, 6/06]

* “A Década da Destruição” (seis episódios) – Adrian Cowell e Vicente Rios [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Iracema - Uma Transa Amazônica” – Jorge Bodanzky e Orlando Senna [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Jari” – Jorge Bodanzky e Wolf Gauer [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Terceiro Milênio” – Jorge Bodanzky e Wolf Gauer [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

 

19h00

* debate” “Amazônia: Uma Questão de Terra(s)”, com Brenda Brito (Imazon - Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia), Marcello Brito (ABAG - Associação Brasileira do Agronegócio), Sônia Guajajara (APIB) e Fábio Pontes (jornalista)

 

20h00

* “Transamazônica: Uma Estrada Para o Passado” (episódio 2 - “Da Guerra de Guerrilha à Guerra pela Terra”) – Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel [disponível por 4 horas]

 

 

5/06, sábado

CONTINUAM EM CARTAZ
* “Edna” – Eryk Rocha [disponível até às 15h00]

* “Serra Pelada: A Lenda da Montanha de Ouro” – Victor Lopes [disponível até às 15h00 de domingo, 6/06]

* “BR Acima de Tudo” – Fred Rahal Mauro [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]
* “Quando Dois Mundos Colidem” – Heidi Brandenburg Sierralta e Mathew Orzel [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* Amazônia, o Despertar da Florestania” – Christiane Torloni e Miguel Przewodowski [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Sob a Pata do Boi” – Márcio Isensee e Sá [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “A Década da Destruição” (seis episódios) – Adrian Cowell e Vicente Rios [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Iracema - Uma Transa Amazônica” – Jorge Bodanzky e Orlando Senna [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Jari” – Jorge Bodanzky e Wolf Gauer [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Terceiro Milênio” – Jorge Bodanzky e Wolf Gauer [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

 

15h00

* “A Última Floresta” – Luiz Bolognesi [disponível até às 15h00 de domingo, 6/06, ou até atingir 1.000 acessos]

* “Mataram Irmã Dorothy” – Daniel Junge [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Ameaçados” – Julia Mariano [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

 

20h00

* “Transamazônica: Uma Estrada para o Passado” (episódio 3: “Um Sonho de Brasil Novo”) – Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel [disponível por 4 horas]

 

 

* 6/06, domingo

CONTINUAM EM CARTAZ
* “A Última Floresta” – Luiz Bolognesi [disponível até às 15h00 ou até atingir 1.000 acessos]

* “Serra Pelada: A Lenda da Montanha de Ouro” – Victor Lopes [disponível até às 15h00]

* “BR Acima de Tudo” – Fred Rahal Mauro [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]
* “Quando Dois Mundos Colidem” – Heidi Brandenburg Sierralta e Mathew Orzel [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* Amazônia, o Despertar da Florestania” – Christiane Torloni e Miguel Przewodowski [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Sob a Pata do Boi” – Márcio Isensee e Sá [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “A Década da Destruição” (seis episódios) – Adrian Cowell e Vicente Rios [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Mataram Irmã Dorothy” – Daniel Junge [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Ameaçados” – Julia Mariano [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Iracema - Uma Transa Amazônica” – Jorge Bodanzky e Orlando Senna [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Jari” – Jorge Bodanzky e Wolf Gauer [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Terceiro Milênio” – Jorge Bodanzky e Wolf Gauer [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

 

15h00

* “O Reflexo do Lago” – Fernando Segtowick [disponível até às 15h00 de segunda-feira, 7/06]

* Amazônia Sociedade Anônima” – Estevão Ciavatta [disponível até 24h00 de quarta-feira, 9/06]

 

20h00

* “Transamazônica: Uma Estrada Para o Passado” (episódio 4: “Vetores da Destruição”) – Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel  [disponível por 4 horas]

 

 

7/06, segunda-feira

CONTINUAM EM CARTAZ
* “O Reflexo do Lago” – Fernando Segtowick [disponível até às 15h00]

* Amazônia Sociedade Anônima” – Estevão Ciavatta [disponível até 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “BR Acima de Tudo” – Fred Rahal Mauro [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]
* “Quando Dois Mundos Colidem” – Heidi Brandenburg Sierralta e Mathew Orzel [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* Amazônia, o Despertar da Florestania” – Christiane Torloni e Miguel Przewodowski [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Sob a Pata do Boi” – Márcio Isensee e Sá [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “A Década da Destruição” (seis episódios) – Adrian Cowell e Vicente Rios [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Mataram Irmã Dorothy” – Daniel Junge [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Ameaçados” – Julia Mariano [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Iracema - Uma Transa Amazônica” – Jorge Bodanzky e Orlando Senna [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Jari” – Jorge Bodanzky e Wolf Gauer [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Terceiro Milênio” – Jorge Bodanzky e Wolf Gauer [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

 

10h00

* webinário “A Crise Climática e a Amazônia”, com Paulo Artaxo (Instituto de Física da USP), José Marengo (Cemaden - Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e Sinéia do Vale (CIR - Conselho Indígena de Roraima)

 

15h00

* “Amazônia Eterna” – Belisario Franca [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

 

19h00

* debate “Amazônia: Infraestrutura Para Quem?”, com Ana Cristina Barros (CPI - Climate Policy Initiative) Suely Araújo (Observatório do Clima), Simão Jatene e Sérgio Leitão (Instituto Escolhas)

 

20h00

* “Transamazônica: Uma Estrada Para o Passado” (episódio 5: “Caminho dos Índios”) – Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel [disponível por 4 horas]

 

 

8/06, terça-feira

CONTINUAM EM CARTAZ
* “Amazônia Eterna” – Belisario Franca [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* Amazônia Sociedade Anônima” – Estevão Ciavatta [disponível até 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “BR Acima de Tudo” – Fred Rahal Mauro [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]
* “Quando Dois Mundos Colidem” – Heidi Brandenburg Sierralta e Mathew Orzel [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* Amazônia, o Despertar da Florestania” – Christiane Torloni e Miguel Przewodowski [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Sob a Pata do Boi” – Márcio Isensee e Sá [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “A Década da Destruição” (seis episódios) – Adrian Cowell e Vicente Rios [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Mataram Irmã Dorothy” – Daniel Junge [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Ameaçados” – Julia Mariano [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Iracema - Uma Transa Amazônica” – Jorge Bodanzky e Orlando Senna [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Jari” – Jorge Bodanzky e Wolf Gauer [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

* “Terceiro Milênio” – Jorge Bodanzky e Wolf Gauer [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

 

19h00

* debate “Raízes da Amazônia: Projetando o Futuro”, com  Ricardo Abramovay (IEE/USP), Tatiana Schor (Secretaria de Ciências e Tecnologia do Amazonas),  Eliakin Rufino (artista e jornalista de Roraima) e Mariano Cenamo

 

20h00

* “Transamazônica: Uma Estrada Para o Passado” (episódio 6 - "A Floresta se Impõe") – Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel [disponível por 4 horas]

 

 

9/06, quarta-feira

CONTINUAM EM CARTAZ
* “Amazônia Eterna” – Belisario Franca [disponível até às 24h00]

* Amazônia Sociedade Anônima” – Estevão Ciavatta [disponível até às 24h00]

* “BR Acima de Tudo” – Fred Rahal Mauro [disponível até às 24h00]
* “Quando Dois Mundos Colidem” – Heidi Brandenburg Sierralta e Mathew Orzel [disponível até às 24h00]

* Amazônia, o Despertar da Florestania” – Christiane Torloni e Miguel Przewodowski  [disponível até às 24h00]

* “Sob a Pata do Boi” – Márcio Isensee e Sá [disponível até às 24h00]

* “A Década da Destruição” (seis episódios) – Adrian Cowell e Vicente Rios [disponível até às 24h00]

* “Mataram Irmã Dorothy” – Daniel Junge [disponível até às 24h00]

* “Ameaçados” – Julia Mariano [disponível até às 24h00]

* “Iracema - Uma Transa Amazônica” – Jorge Bodanzky e Orlando Senna [disponível até às 24h00]

* “Jari” – Jorge Bodanzky e Wolf Gauer [disponível até às 24h00]

* “Terceiro Milênio” – Jorge Bodanzky e Wolf Gauer [disponível até às 24h00 de quarta-feira, 9/06]

 

19h00

* debate “Amazônia e os Possíveis Futuros”, com Fred Rahal Mauro (diretor de “BR Acima de Tudo”) e, a confirmar, Angela Kaxuyana (COIAB - Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e Carlos Printes (ARQMO - Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná)

 

 

 

 

 

DADOS SOBRE OS FILMES E SÉRIES

 

*** “A Década da Destruição” (Reino Unido/Brasil-GO, seis episódios, 12 anos) - Adrian Cowell e Vicente Rios

De janeiro de 1980 a setembro 1990, Adrian Cowell (1934-2011) e Vicente Rios filmaram ininterruptamente todo o processo do que viria a ser a série "A Década da Destruição", produzida para a Central Television de Londres em coprodução  com a Universidade Católica de Goiás. Os temas dessa série incluem o primeiro contato com a tribo de índios isolados Uru-Eu-Wau-Wau, garimpeiros e madeireiros, a colonização e o desmatamento de Rondônia a partir da pavimentação da estrada BR-364, a campanha dos ambientalistas contra o do Projeto Polonoroeste pelo Banco Mundial, os grandes projetos Carajás e Tucuruí, o saque da floresta pelos garimpeiros, as primeiras tentativas de controlar os incêndios da Amazônia usando tecnologia de satélite, financiamento a vida e assassinato do Chico Mendes e a criação das primeiras reservas extrativistas, e a pesquisa do cientista Enéas Salati que provou que o desmatamento reduzirá as chuvas na Amazônia e no Centro-Oeste do Brasil.  

 

* episódio “Tempestade na Amazônia” (Reino Unido/Brasil-GO, 1984,  26 min)

O episódio focaliza a tese de doutoramento do Dr. Eneás Sallati, (ex-diretor do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) discorrendo sobre as questões climáticas da floresta amazônica. Busca saber se a floresta é consequência do clima ou o clima é consequência da floresta. Ele explica como a floresta gera 50% de sua própria chuva. Isto significa que o desmatamento não somente reduzirá a quantidade de chuvas da Amazônia, mas também da região central do Brasil.

 

* episódio “Financiando o Desastre” (Reino Unido/Brasil-GO, 1987, 80 min)

Uma abordagem crítica sobre a política ambiental do Banco Mundial para a Amazônia, focalizando a devastação feita sob seu financiamento. O episódio mostra como este empréstimo, de meio bilhão de dólares para o Polonoroeste, financiou parcialmente a destruição da floresta do oeste da Amazônia e como o banco foi finalmente forçado a admitir seu erro.

 

* episódio “Na Trilha dos Uru-Eu-Wau-Wau”” (Reino Unido/Brasil-GO, 1990, 52 min)

O episódio focaliza o primeiro contato com os índios Uru-Eu-Wau-Wau, pressionados pelo desenvolvimento em Rondônia que atraía cada vez mais lavradores do sul do país para o estado. Impulsionados a penetrarem na floresta, os colonos se aproximavam cada vez mais desta tribo. Nesta conjuntura, o rapto de uma criança branca pelos Uru-Eu-Wau-Wau aumenta o rancor dos colonizadores contra os índios, vistos como uma barreira ao desenvolvimento. Paralelamente, a Funai organiza uma expedição para contatá-los, com o objetivo de protegê-los do avanço dos brancos sobre seu território.

 

* episódio “Nas Cinzas da Floresta” (Reino Unido/Brasil-GO, 1990, 52 min)

A partir da construção da rodovia BR-364, em Rondônia, e da ‘estrada de penetração’ 462, o filme traça um panorama abrangente, apresentado pelo ambientalista José Lutzemberger (1926-2002), de como a política do governo brasileiro para ocupação da Amazônia na década de 1980 levou à degradação de enormes áreas de floresta naquele estado.

 

* episódio “Montanhas de Ouro” (Reino Unido/Brasil-GO, 1990, 52 min)

Uma análise da dinâmica econômica, social e ambiental na província mineral mais rica do planeta: Carajás, no Pará. O episódio focaliza os conflitos e contrastes entre a atuação da empresa dona da concessão e a dos garimpeiros. Aborda ainda a ascensão e queda da produtividade no garimpo de Serra Pelada, o crescimento exponencial da produção industrial ao longo da década de 1980 e o rastro de destruição deixado na floresta ao redor.

 

* episódio “Chico Mendes - Eu Quero Viver” (Reino Unido/Brasil-GO, 1989, 52 min)

O episódio aborda a trajetória do sindicalista, ativista político e ambientalista Chico Mendes (1944-1998) em defesa da Amazônia. Com registros feitos entre 1985 e 1988, a produção o acompanha na organização dos seringueiros em defesa da floresta, no nascimento da Aliança dos Povos da Floresta e na luta pela demarcação das primeiras reservas extrativistas na Amazônia. É focalizada, ainda, a trama armada para seu assassinato e as repercussões no Brasil e no mundo.

 

*** “A Última Floresta” (Brasil-SP, 2020, 74 min, 14 anos) – Luiz Bolognesi

Em uma tribo Yanomami isolada na Amazônia, o xamã Davi Kopenawa Yanomami tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade. Os jovens ficam encantados com os bens trazidos pelos brancos; e Ehuana, que vê seu marido desaparecer, tenta entender o que aconteceu em seus sonhos.

Selecionado para o Festival de Berlim, É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários e Festival Pachamama – Cinema de Fronteira.

 

*** “Amazônia Eterna” (Brasil-RJ, 2012, 79 min, livre) - Belisario Franca

Os grandes equívocos e os possíveis caminhos para que a humanidade passe a enxergar a maior floresta tropical do mundo em suas várias camadas: social, política e econômica. É possível traduzir o valor da floresta em cifras, mas não sem ignorar sua manutenção e equilíbrio. A floresta deve ser sustentável enquanto ecossistema e, principalmente, enquanto negócio. No filme, esta equação desafiadora é discutida por empresários, políticos, ambientalistas, economistas e populações indígenas e ribeirinhas – estes últimos, os guardiões de modelos milenares de exploração da floresta sem impactos ambientais, herdeiros da generosidade da natureza, mas excluídos das estatísticas e políticas públicas básicas.

Vencedor do prêmio de melhor documentário no BRAFFTV - Festival de Cinema Brasileiro em Toronto.

 

*** Amazônia, o Despertar da Florestania” (Brasil,2018, 111 min, livre) - Christiane Torloni e Miguel Przewodowski

A partir do resgate de personagens históricos e depoimentos de representantes dos mais diversos segmentos, o documentário discute como a floresta amazônica e toda a questão ambiental têm sido tratados no Brasil desde o início do século 20. Essa confluência nos conduz ao conceito da florestania, o código genético de nossa identidade social.

Vencedor do prêmio da juventude para longas de língua portuguesa no CineEco Seia – Festival Internacional de Cinema Ambiental de Serra da Estrela (Portugal); selecionado para o Festival do Rio.

 

*** Amazônia Sociedade Anônima” (Brasil-RJ, 2019, 72 min, 16 anos) – Estevão Ciavatta

Diante do fracasso do governo brasileiro em proteger a Amazônia, índios e ribeirinhos, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal para salvar a floresta.

Vencedor do prêmio de melhor filme no Fest Alter - Festival de Cinema de Alter do Chão; finalista do One World Media Awards.

 

*** Ameaçados” (Brasil-PA, 2014, 22 min, 14 anos) – Julia Mariano

No Brasil profundo, onde lei e justiça dependem de nome e sobrenome, disputas de propriedade se tornam questão de vida ou morte. O filme mostra pequenos agricultores do sul e sudeste do Pará e sua luta por um pedaço de terra para plantar e viver.
Vencedor de menção honrosa do júri na Mostra Ecofalante de Cinema e no Curta Brasília - Festival de Curta-Metragem de Brasília; prêmio do público no Curta Cinema ‑ Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro; melhor direção no Festival Guarnicê de Cinema.

 

*** “BR Acima de Tudo” (Brasil-RJ, 2021, 57 min, livre) – Fred Rahal Mauro

No Norte do estado do Pará fica o maior bloco de florestas protegidas do mundo. Uma área de floresta amazônica do tamanho do Reino Unido e que abriga uma infinidade de histórias. Indígenas, pecuaristas, posseiros, quilombolas, empresários e políticos refletem à sua própria maneira os impactos da possível expansão da BR-163 floresta adentro, até a fronteira com o Suriname. O projeto da rodovia foi gestado na época da ditadura militar (1964-1985), e até hoje paira como uma sombra sobre a região. Mas este não é um filme sobre uma estrada. É um filme sobre os abismos que separam aqueles que compartilham de uma mesma terra.

Pré-estreia mundial.

 

*** “Edna” (Brasil-RJ, 2021, 64 min, 12 anos) – Eryk Rocha

À beira da rodovia Transbrasiliana, Edna vive em uma terra em ruínas, construída sobre massacres. Criada apenas pela mãe, ela experimenta, no corpo e nos corpos de seus descendentes, as marcas de uma guerra que nunca acabou: a guerra pela terra. Tecida a partir dos relatos e escritos de Edna no caderno que ela intitulou A História de Minha Vida, a narrativa híbrida transita entre real e imaginário, por guerrilhas, desaparecimentos e desmatamentos, mas também pela força de mulheres, rios e matas que insistem em sobreviver.

Selecionado para o festival Visions du Réel (França) e para o É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários.

 

*** “Iracema - Uma Transa Amazônica” (Brasil-SP/Alemanha, 1974, 90 min, 16 anos) – Jorge Bodanzky e Orlando Senna

Em 1970, um motorista de caminhão, sulista, em Belém do Pará, durante as festas do Círio de Nazaré,

conhece Iracema, uma jovem índia prostituída. Dá-lhe uma carona, deixando-a num lugarejo no meio da

estrada. A viagem, como todo o filme, serve como pretexto para que sejam mostrados problemas da região. Com Edna de Cássia, Paulo César Pereio e Conceição Senna.

Vencedor dos prêmios de melhor filme, atriz, atriz coadjuvante e montagem no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; Prêmio Jeune Cinéma no Festival de Cannes; Prêmio Grimme-Preiss no Festival de Berlim; melhor filme pela ACCMG - Associação dos Críticos Cinematográficos de Minas Gerais.

 

*** “Jari” (Brasil, 1979, 60 min, livre) – Jorge Bodanzky e Wolf Gauer

Documentário filmado na própria área do Projeto Jari – enclave multinacional, localizado entre o Pará e o

então Território Federal do Amapá, por ocasião da visita feita ao projeto pela Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a devastação da Amazônia. Jari é a maior ocupação de terras da Amazônia de que se tem notícia, e provavelmente do mundo, pertencente a um único proprietário, o milionário norte-americano Daniel Keith Ludwig (1897-1992).

Vencedor do prêmio especial do júri no Festival do Filme de TV de Curitiba.

 

 *** “Mataram Irmã Dorothy” (EUA/Brasil, 2008, 94 min, 14 anos) – Daniel Junge

Em 12 de fevereiro de 2005, a irmã Dorothy Stang, uma freira católica de 73 anos, de Ohio, foi morta com seis tiros pelas costas. Sem socorro, morreu em uma estrada enlameada da Amazônia. Seu assassinato chocou o mundo e expôs uma batalha sórdida na floresta tropical brasileira. Quem era ela: defensora ou agitadora social? Que poderosos interesses econômicos e políticos levaram a seu assassinato? A justiça prevalecerá e seu legado perdurará ou ela será difamada e o trabalho de uma vida, destruído? O documentário acompanha o julgamento de seus assassinos e mostra as realizações em vida que acabaram levando a seu assassinato na floresta tropical brasileira.

Vencedor do prêmio de melhor filme no Amazônia Doc - Festival Pan-Amazônico de Cinema; grande prêmio do júri e prêmio do público no Festival SXSW (EUA); melhor documentário no Festival de Chicago e no Festival de Ashland (EUA).

 

*** “O Reflexo do Lago” (Brasil-PA, 2020, 80 min, 12 anos) – Fernando Segtowick

A usina hidrelétrica paraense de Tucuruí, uma das maiores do Brasil, carrega no seu entorno uma contradição: os habitantes das ilhas formadas por seu lago não têm acesso a direitos básicos, dentre eles a própria energia elétrica. Com um olhar sensível para o espaço, o documentário nos apresenta estes sujeitos fascinantes em uma estética p&b que atravessa os encontros, relatos e imagens de arquivo. Símbolo do ideal de progresso destrutivo do regime militar, a usina materializa o desejo de domar a floresta, enquanto essas comunidades nos ensinam outros caminhos de lida e cuidado com a terra.

Selecionado para o Festival de Berlim e para o Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.

 

*** “Quando Dois Mundos Colidem” (“When Two Worlds Collide”, Reino Unido, 2016, 103 min, 12 anos) - Heidi Brandenburg Sierralta e Mathew Orzel

O filme mostra os dois lados do violento conflito entre o Estado peruano, em seu projeto de extração de petróleo, minério e gás da Amazônia, e os povos indígenas que ali vivem.

Vencedor do prêmio especial do júri para documentário na mostra World Cinema do Festival de Sundance; grande prêmio do júri no Festival de Documentários de Madri; prêmio do público e menção especial do júri no Festival de Zurique; melhor documentário no Festival de Xangai; menção especial do júri no Festival de Mumbai; menção especial para documentário no Festival de Minneapolis St. Paul; melhor longa-metragem internacional no Dokufest (Kosovo); prêmio especial do júri no DMZ Docs (Coréia do Sul).

 

*** “Serra Pelada: A Lenda da Montanha de Ouro” (Brasil-RJ, 2013, 100 min, 12 anos) – Victor Lopes

Na década de 1980, no coração da floresta amazônica, 115 mil homens extraíram 100 toneladas de ouro, carregando nas costas uma montanha de 150 metros de altura. Hoje, Serra Pelada se transformou num lago, cercado por miséria, disputas e lendas.

Vencedor do prêmio de melhor filme no FICA - Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental; selecionado para o Festival do Rio.

 

*** “Sob a Pata do Boi” (Brasil-PA, 2018, 49 min, livre) - Márcio Isensee e Sá

A Amazônia tem hoje 85 milhões de cabeças de gado, três para cada habitante da região. Na década de 1970, quase não havia bois e a floresta estava intacta. Desde então, uma porção equivalente ao tamanho da França desapareceu, da qual 66% virou pastagem. A mudança foi incentivada pelo governo, que motivou a vinda de milhares de fazendeiros de outras partes do país. A pecuária tornou-se bandeira econômica e cultural da Amazônia, forjando poderosos políticos a defendê-la. Em 2009, o jogo começou a virar quando o Ministério Público obrigou os grandes frigoríficos a monitorarem o desmatamento nas fazendas de onde compram gado.

Vencedor de menção honrosa na Mostra Ecofalante de Cinema; melhor documentário, melhor filme social e melhor direção nos Prêmios Latinos (Espanha); melhor média-metragem documentário no FICOCC -  Festival Internacional dos Cinco Continentes (Venezuela); prêmio Uma Hora no FReDD - Festival de Cinema Ambiental (França); Prêmio Lusofonia no CineEco Seia – Festival Internacional de Cinema Ambiental de Serra da Estrela (Portugal).

 

*** “Soldados da Borracha” (Brasil-CE, 2019, 82 min, livre) – Wolney Oliveira

A saga de cerca de 60 mil brasileiros enviados para a região amazônica pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial em um mirabolante plano para extrair látex, material estratégico imprescindível para a vitória dos Aliados. As promessas da volta para casa como heróis da pátria e da aposentadoria equivalente à dos militares nunca se cumpriram. Hoje, centenas deles, já em idade avançada e em situação de pobreza, esperam o dia do reconhecimento oficial.

Vencedor do prêmio de melhor filme e de prêmio do público de melhor longa-metragem latino-americano na Mostra Ecofalante de Cinema; melhor roteiro no Festival Pan Amazônico de Cinema – Amazônia DOC; melhor filme, prêmio do público, melhor som, melhor edição e melhor trilha sonora da mostra competitiva de longas-metragens "Sob o Céu Nordestino" do Festival Aruanda do Audiovisual Brasileiro; Prêmio da Associação Brasileira de Documentários de São Paulo (ABD-SP) no É Tudo Verdade – Festival Internacional de documentários.

 

*** “Terceiro Milênio” (Brasil-SP/Alemanha, 1981, 95 min, 14 anos) - Jorge Bodanzky e Wolf Gauer

Agosto de 1980. Evandro Carreira, senador, sai de seu diretório em Manaus para percorrer suas bases eleitorais pelo Estado do Amazonas. Depoimentos de caboclos, de madeireiros, do sertanista Paulo Lucena, de índios brasileiros e peruanos, de um representante da Funai são colhidos desde a cidade de Benjamin Constant até o vilarejo de Cavalo Cocho. Uma visita à aldeia indígena dos Ticunas e às terras do povo Maiuruna culmina com o depoimento e a ação de José Francisco da Cruz, representante da cruz da Santa Ordem Cruzada Apostólica Evangélica. No trajeto, revela-se a potencialidade econômica do Amazonas e seus desvios: a corrupção na política indigenista e a presença de fábricas poluidoras.

Vencedor do Grand Prix no festival Visions du Réel.

 

*** “Transamazônica – Uma Estrada Para o Passado” (Brasil-SP, 2020, 6 episódios, 14 anos) - Jorge Bodanzky e Fabiano Maciel

A série documental exclusiva HBO narra detalhes sobre este marco que foi idealizado e teve as obras iniciadas durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici, no fim dos anos 1960. Com o objetivo de unificar a nação, sua construção foi uma saga gigantesca e o maior exemplo das obras faraônicas da ditadura civil-militar brasileiro (1964-1985). A estrada, que promoveria a integração nacional cortando o País de leste a oeste, ficou mais conhecida por ligar a fome do Nordeste com a miséria da Amazônia, e teve sua construção abandonada.

 

* episódio 1: “Tudo Começa no Mar do Nordeste” (Brasil-SP, 2020, 61 min)

O episódio inicial introduz a origem da estrada e o contexto sócio-político que fomentou sua realização, incluindo as razões que levaram os militares a se lançarem na construção de uma obra de proporções faraônicas, mesmo sem saber qual o real impacto de suas ações e as consequências ambientais e humanas que perdurariam até os dias de hoje. Delfim Neto (ex-Ministro do Planejamento do governo Militar) relembra a ideia do Presidente Medici para acabar com a pobreza no Nordeste.

 

* episódio 2: “Da Guerra de Guerrilha à Guerra pela Terra” (Brasil-SP, 2020, 62 min)

Neste episódio são exploradas as cicatrizes que a Guerrilha do Araguaia e a feroz repressão dos militares deixaram na região do Bico do Papagaio, no Tocantins, nos anos 1970, e que submeteram os ribeirinhos, camponeses e os índios da região a um domínio de terror que só terminou com o extermínio dos militantes e seus simpatizantes. Anos depois, a região ainda é palco de violentos conflitos entre latifundiários, grileiros, sem-terra, populações tradicionais e pequenos agricultores.

 

* episódio 3: “Um Sonho de Brasil Novo” (Brasil-SP, 2020, 62 min)

Neste episódio é abordado o projeto de colonização do governo militar, a começar por Altamira, coração da estrada que rasgou a floresta com seus tratores. Ali a estrada foi inaugurada por Médici com a missão de ser um exemplo para a integração da região a ser realizada através da colonização maciça e com o objetivo de ser um polo de produção agrícola. Ali, recentemente, foi construída a usina de Belo Monte, a obra mais polêmica da região. A história se repete: mais um grande projeto de infraestrutura levanta dúvidas sobre sua eficiência.

 

* episódio 4: “Vetores da Destruição” (Brasil-SP, 2020, 62 min)

A produção explora como a estrada acelerou os principais vetores de degradação da floresta o desmatamento predatório, a venda ilegal de madeira, garimpo e a mineração. Recentemente a expansão da soja que tinha seu epicentro no centro-oeste começa a chegar na transamazônica levantando uma sombra sobre o futuro da região. A partir dos personagens apresentados, o quarto capítulo da série aborda temas chaves para o destino da floresta amazônica, jogando luz sobre as ações predatórias que seguem agindo de forma perversa.

 

* episódio 5: “Caminho dos Índios” (Brasil-SP, 2020, 63 min)

Os Mundurukus e a luta contra São Luiz do Tapajós são o tema central deste episódio. A produção ilustra a história de populações que se viram em conflitos, disputas com empreiteiros, colonos, garimpeiros, madeireiros, grileiros e com os planos do governo federal de ocupar suas áreas sem pedir licença ou respeitar seu território milenar.

 

* episódio 6: “A Floresta se Impõe” (Brasil-SP, 2020, 57 min)

O passado e o presente se encontram ao final da estrada, escancarando fragilidades e contradições. Percorrendo o trecho mais selvagem, o último episódio da série trata da vitória da floresta sobre a construção. A ideia de progresso deixa visível suas consequências: desordem social e doenças endêmicas, como a malária. A parte final do documentário reflete sobre grandes projetos de desenvolvimento da Amazônia e promove questionamento sobre o futuro dos novos empreendimentos que pretendem domesticar a maior floresta tropical do mundo.

 

A série documental tem produção de Roberto Rios, Eduardo Zaca, Patricia Carvalho e Rafaella Giannini pela HBO Latin America Originals, e de João Roni Garcia e Nuno Godolphim, da Ocean Films. O roteiro é de Fabiano Maciel, Thiago Iacocca e Nuno Godolphim.


 

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