Música, cinema e debates estão na programação da segunda edição do DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos, que acontece de 6 a 10 de dezembro.
Uma homenagem inédita à cantora e compositora Dona Ivone Lara (1921-2018), com participação de Nega Duda, Larissa Luz e da Escola de Samba X9 Paulistana; um encontro para discutir a intolerância religiosa no país, com presença do Padre Júlio Lancellotti e de Mãe Carmen de Oxum; e uma mostra com filmes assinados por cineastas e coletivos das periferias brasileiras, incluindo “Marte Um” e outras obras da produtora mineira Filmes de Plástico – estas são algumas das atrações do festival.
Programado no Sesc Bom Retiro, CineSesc e na plataforma Sesc Digital, o evento acontece na semana que antecede a data mais importante para a pauta dos direitos humanos no mundo. Celebrado em 10 de dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos foi instituído em 1950 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
O 2º DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos, é uma realização da Pardieiro Cultural, Instituto Vladimir Herzog e Sesc. A curadoria é assinada pelas equipes do Instituto Vladimir Herzog, do Sesc São Paulo, e por Francisco Cesar Filho e Leandro Pardí.
abertura: “Memória: Narrativas para Romper o Esquecimento”
A abertura do 2º DH Fest que acontece no Sesc Bom Retiro, dia 6 de dezembro, terça-feira, às 18h30, contará com um encontro inédito, reunindo o escritor indígena Daniel Munduruku e a ativista Neon Cunha, mulher, negra e transgênera.
Em pauta, os processos de apagamento intelectual e simbólico de corpos e territórios considerados periféricos. Intitulado “Memória: Narrativas para Romper o Esquecimento”, o diálogo tem mediação da jornalista Semayat Oliveira, cofundadora do site Nós, Mulheres da Periferia e consultora do podcast Mano a Mano. A entrada é franca, com lugares limitados conforme lotação do espaço.
encerramento: Homenagem a Dona Ivone Lara
Para o encerramento do festival, no dia 10 de dezembro, às 20h, no Sesc Bom Retiro, acontece uma homenagem a Dona Ivone Lara, “Primeira Dama do Samba”. Caso único na história da música brasileira, Yvonne Lara da Costa (seu nome de batismo) foi pioneira atuação interseccional entre luta antimanicomial, gênero, negritude e direitos humanos.
Em apresentação exclusiva e inédita, o centenário de nascimento de Dona Ivone Lara é celebrado com participação da Escola de Samba X9 Paulistana, que junto com sua banda baile, toca um repertório com mais de 13 canções da artista homenageada. A escola apresenta ainda o samba-enredo escolhido para Carnaval de 2023, cujo tema é justamente Dona Ivone Lara.
A Homenagem a Dona Ivone Lara tem participação de Nega Duda e Larissa Luz. A primeira, “sambadeira”, cantora, compositora e escritora, é considerada como referência da música popular e do samba de roda baiano na cidade de São Paulo, onde também está à frente, há mais de uma década, do coro de mulheres do Bloco Afro Ilú Obá de Min. Já Larissa Luz é uma cantora, compositora e atriz que já esteve no festival Rock in Rio e se identifica com os movimentos estéticos afrofuturismo e afropunk.
Com valores de R$ 40 (inteira); 20 (meia-entrada) e 12 (credencial plena), a compra dos ingressos estará disponível em 29/11 às 12h em sescsp.org.br, e 30/11, às 17h, presencial no balcão das unidades do Sesc São Paulo. Classificação etária de 18 anos.
diálogo “Diversidade e Intolerância Religiosa”
A mesa “Diversidade e Intolerância Religiosa”, que acontece na quarta-feira, 7 de dezembro, às 18h30, no Sesc Bom Retiro, reúne Mãe Carmen de Oxum, líder do terreiro Ilê Olá Omí Asé Opô Araká; Padre Júlio Lancellotti, autor, pedagogo e presbítero católico; Ventura Profana, compositora, escritora e artista visual; e Lusmarina Campos Garcia (mediação), pastora evangélica, teóloga ecofeminista e pesquisadora.
O encontro propõe uma reflexão sobre a intolerância religiosa no Brasil, historicamente associada ao colonialismo e, por isso, apontada para corpos que fogem ao padrão branco-hetero-cis normativo. Nos últimos anos, a fé tem sido associada ainda a projetos de autoritarismo e ao desrespeito às diferenças. Este diálogo pretende retomar o espaço comum entre diferentes religiões: o amor, a solidariedade, a justiça e a esperança. A entrada é franca.
cinema: mostra “Cinema e Direitos Humanos: Os Caminhos do Cinema de Quebrada”
A programação de filmes do 2º DH Fest, intitulada “Cinema e Direitos Humanos: Os Caminhos do Cinema de Quebrada”, traz 16 títulos, entre curtas e longas-metragens realizados entre os anos de 2001 e 2022, com exibições no CineSesc e disponibilização online na plataforma Sesc Digital.
São obras assinadas por cineastas e coletivos periféricos das cidades brasileiras. O destaque é “Marte Um”, longa de Gabriel Martins indicado oficialmente pelo Brasil para disputar o Oscar de melhor filme internacional. O diretor integra a produtora Filmes de Plástico, sediada em Contagem, periferia da Região Metropolitana de Belo Horizonte que tem mais outros quatro filmes na programação: “Ela Volta na Quinta”, “Fantasmas” e “Quintal”, todos de André Novais Oliveira, além de “Contagem”, de Gabriel Martins e Maurílio Martins.
Estão programados ainda produções de nomes de destaque dessa cena cinematográfica, como Adirley Queirós, cineasta de Ceilândia, no Distrito Federal, e Lincoln Péricles, realizador do bairro de Capão Redondo, periferia da cidade de São Paulo. Estão presentes também curtas-metragens frutos de oficinas de realização audiovisual promovidas Associação Cultural Kinoforum, Instituto Querô e pelo projeto É Nóis na Fita.
Um debate está agendado para o dia 9 de dezembro, sexta-feira, às 20h30, no CineSesc, para discutir essa produção, reconhecida pela crítica especializada como uma das novidades da cinematografia brasileira recente. Participam os realizadores Maurílio Martins, um dos produtores de “Marte Um”, e Stheffany Fernanda, do coletivo audiovisual Maloka Filmes e ativista negra, feminista e LGBTQIA+. A mediação é da jornalista e pesquisadora Mariana Queen Nwabasili.
(ao final, encontram-se mais informações sobre Dona Ivone Lara, os encontros e os filmes programados)
serviço:
2º DH Fest – Festival de Cultura em Direitos Humanos
6 a 10 de dezembro de 2022
CineSesc - Rua Augusta 2075, Cerqueira César - São Paulo
Sesc Bom Retiro - Alameda Nothmann 185, Campos Elíseos - São Paulo
Sesc Digital - https://sesc.digital/
*** DEBATES
6/12, terça-feira, às 18h30
diálogo “Memória: Narrativas para Romper o Esquecimento”, com Daniel Munduruku, Neon Cunha e Semayat Oliveira (mediação)
duração: 90 a 120 minutos
classificação indicativa: 12 anos
com tradução em Libras
Sesc Bom Retiro
Grátis. Retirada de ingressos 1h antes da atividade na Central de Atendimento do Sesc Bom Retiro.
Serviço de transporte gratuito partindo da estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz. A partir das 16h30. Retorno a Estação da Luz.
7/12, quarta-feira, às 18h30
mesa “Diversidade e Intolerância Religiosa”, com Mãe Carmen de Oxum, Padre Júlio Lancellotti, Ventura Profana e Lusmarina Campos Garcia (mediação)
duração: 90 a 120 minutos
classificação indicativa: a partir de 12 anos
com tradução em Libras
Sesc Bom Retiro
Grátis.
Serviço de transporte gratuito partindo da estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz. A partir das 16h30. Retorno a Estação da Luz.
*** CINEMA
Cinema e Direitos Humanos: Os Caminhos do Cinema de Quebrada
sessões presenciais no CineSesc
Grátis. Retirada de ingressos 1h antes da sessão na bilheteria do CineSesc.
7/12, quarta-feira, às 20h30
“Fantasmas” (11 min, 14 anos) - André Novais Oliveira
“Ela Volta na Quinta” (107 min, 12 anos) - André Novais Oliveira
8/12, quinta-feira, às 20h30
“Marte Um” (115 min, 16 anos) – Gabriel Martins
9/12, sexta-feira, às 20h30
“Filme de Domingo” (28 min,12 anos) - Lincoln Péricles
seguido do debate “Cinema e Direitos Humanos: Os Caminhos do Cinema de Quebrada”, com Maurílio Martins, Stheffany Fernanda, Mariana Queen Nwabasili (mediação) e Francisco Cesar Filho (apresentação)
com tradução em Libras
filmes disponibilizados online na plataforma Sesc Digital
de 6 a 20 de dezembro de 2022
Sesc Digital - https://sescsp.org.br/dhfest
Acesso gratuito
“A Blogueira da Favela” (34 min, 14 anos) - Arthur Jesus
“Armando o Barraco” (7 min, 14 anos) - Rodrigo Valadares, Danilo Barretos, Fabiano Oliveira,
“Contagem” (18 min, 14 anos) - Gabriel Martins e Maurílio Martins
“Defina-se” (5 min, 14 anos) - Kelly Regina Alvez, Claúdio N. de Souza e Daniel M. Hilário
“Medo na Minha Pele” (10 min, 14 anos) - Braion Souza
“O Segredo das Armas” (4 min, 14 anos) - Ana Paula, Patrícia Cardoso, Fernanda Dantas e Reginaldo Gomes
“Quintal” (26 min, 14 anos) - André Novais Oliveira
“Raízes do Mercado” (18 min, 14 anos) - Jaime Santos, Daniel Calado Souza, Samara Faustino e
“Rap: o Canto da Ceilândia” (15 min, 14 anos) - Adirley Queirós
“Ruim é Ter Que Trabalhar” (10 min, 14 anos) - Lincoln Péricles
“Tato” (8 min, 14 anos) - Luciano Oliveira, Wesley Campos Rocha, Thaise Fiuza e Alex Nogueira de Souza
“Vigília” (7 min, 14 anos) - Patrícia Figueiredo
*** MÚSICA
10/12, sábado, às 20h00
Homenagem a Dona Ivone Lara
com Escola de Samba X9 Paulistana, Nega Duda e Larissa Luz
duração: 80 minutos
classificação indicativa: 18 anos.
Sesc Bom Retiro
Ingressos: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia entrada) e R$ 12,00 (credencial plena)
Serviço de transporte gratuito partindo da estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz. A partir das 16h30. Retorno a Estação da Luz.
atendimento à imprensa:
ATTi Comunicação e Ideias
Eliz Ferreira e Valéria Blanco (11) 3729.1455 / 3729.1456 / 9 9105.0441
MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A PROGRAMAÇÃO
*** SOBRE DONA IVONE LARA
Antes de lançar o primeiro disco, Dona Ivone Lara não brilhou só no mundo da música. Formada em enfermagem e assistência social, ela também teve um importante papel na reforma psiquiátrica do Brasil. Dedicou 37 anos no trabalho como enfermeira e assistente social no serviço de doenças mentais. Dona Ivone teve atuação fundamental ao lado de Nise da Silveira para a luta antimanicomial e o tratamento humanizado, com pioneirismo na utilização de musicoterapia na década de 1940.
Após a aposentadoria, driblou o machismo e o racismo para se tornar uma compositora e intérprete respeitada. Dona Ivone Lara gravou 19 álbuns, se apresentando em países da África, Europa e América Latina. Primeira mulher a fazer parte da ala de compositores de uma escola de samba, em um ambiente essencialmente masculino, a artista conquistou seu espaço e foi a primeira sambista a criar um samba-enredo. Ela mostrou que mulheres negras têm voz, vez e protagonismo na sociedade.
*** SOBRE OS ENCONTROS
“Memória: Narrativas para Romper o Esquecimento”
Em encontro inédito, o escritor indígena Daniel Munduruku e a ativista Neon Cunha, mulher, negra e transgênera, dialogam sobre processos de apagamento intelectual e simbólico de corpos e territórios considerados periféricos. A cultura, no entanto, é campo de resistência e criatividade - e a produção de memória pode romper com o esquecimento e as invisibilidades impostas. Como a arte pode promover dignidade? Diálogo com mediação da jornalista Semayat Oliveira.
* Daniel Munduruku - Escritor e professor paraense, pertencente ao povo indígena Munduruku. Autor de 56 livros. Tem mestrado e doutorado em Educação pela USP e pós-doutorado em Linguística pela UFSCar. Recebeu duas vezes o Prêmio Jabuti (2004 e 2017) da Câmara Brasileira do Livro; o Prêmio da Academia Brasileira de Letras (2010); entre outras premiações.
* Neon Cunha - Publicitária e diretora de arte. Mulher, negra, ameríndia e transgênera, é uma ativista independente. Primeira mulher trans a mudar de nome sem diagnóstico de patologia e primeira pessoa trans a denunciar presencialmente violências de gênero na OEA. Fundadora da Casa Neon Cunha, que oferece atendimento e capacitação à população LGBTQIA+.
* Semayat Oliveira (mediação) - Jornalista e escritora, Semayat é cofundadora do site jornalístico Nós, Mulheres da Periferia e consultora jornalística no podcast Mano a Mano, liderado pelo rapper Mano Brown.
“Diversidade e Intolerância Religiosa”
Em um encontro interreligioso, artistas, pensadores e lideranças se unem para refletir sobre a intolerância religiosa no Brasil, historicamente associada ao colonialismo e, por isso, apontada para corpos que fogem ao padrão branco-hetero-cis normativo. Nos últimos anos, a fé tem sido associada ainda a projetos de autoritarismo e ao desrespeito às diferenças. Este diálogo pretende retomar o espaço comum entre diferentes religiões: o amor, a solidariedade, a justiça e a esperança.
* Mãe Carmen de Oxum - Mineira, lidera, há mais de 40 anos, o terreiro Ilê Olá Omí Asé Opô Araká, localizado em São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo. É também membro do Fórum Inter-Religioso para uma Cultura de Paz e Liberdade de Crença da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, criado para combater a intolerância religiosa e disseminar a convivência harmoniosa entre as diferentes fés.
* Padre Júlio Lancellotti - Autor, pedagogo e presbítero católico brasileiro, vem dedicando sua vida às causas sociais. Foi um dos fundadores da Pastoral das Crianças e um dos formuladores do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). Ele está à frente da Pastoral do Povo da Rua de São Paulo, que defende a população em situação de rua.
* Ventura Profana - Compositora, escritora e artista visual, é doutrinada em templos batistas. A artista também se apresenta como pastora missionária e cantora evangelista, que profetiza a multiplicação e abundância da vida negra, indígena e travesti. Suas releituras de narrativas bíblicas, que foram historicamente apropriadas por projetos políticos de embranquecimento populacional e concentração de poder, questionam as implicações do deuteronomismo no Brasil através da difusão das igrejas neopentecostais.
* Lusmarina Campos Garcia (mediação) - Pastora evangélica, teóloga ecofeminista e pesquisadora, é doutora em Direito. Sua trajetória no âmbito brasileiro e internacional é marcada pelo ativismo na defesa de grupos minoritários em situação de vulnerabilidade, pelo diálogo interreligioso, pela preservação do meio-ambiente, pela justiça de gênero e pelo Estado Democrático de Direito.
*** SOBRE A PROGRAMAÇÃO DE CINEMA
Programação presencial (CineSesc)
“Ela Volta na Quinta” (Brasil-MG, 2014, 107 min,12 anos) - André Novais Oliveira
À sua família, o diretor André Novais propõe um roteiro e um processo de filmagem que transforma a todos em personagens de ficção de si mesmos. O cotidiano de uma família negra na cidade de Contagem é narrado sob a perspectiva dos afetos e do carinho mútuo. Atravessado por acontecimentos ordinários e reunindo em cena o carisma do elenco, esse dia a dia ganha contornos de um épico intimista, fazendo aqui um dos grandes acontecimentos audiovisuais brasileiros desse começo de século.
Selecionado para o Festival de Roterdã; vencedor dos prêmios de melhor filme no Panorama Coisa de Cinema e na Semana dos Realizadores; melhor filme brasileiro no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba; melhor atriz coadjuvante e melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
“Fantasmas” (Brasil-MG, 2010, 11 min, 14 anos) - André Novais Oliveira
Uma vizinha de Gabriel teria visto sua ex-namorada de anos passar por aquela esquina. Ele dá um zoom na câmera ligada e aguarda uma confirmação. Precisar ver para depois esquecer.
Vencedor do prêmio de melhor filme no Panorama Internacional Coisa de Cinema; melhor imagem, prêmio da crítica e do Prêmio ABD-APCI no Janela Internacional do Recife; melhor experimental, menção honrosa do júri jovem e Prêmio Canal Brasil no Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro; melhor filme na Mostra Miau; menção honrosa na Mostra do Filme Livre; Destaque em Pesquisa de Linguagem e Prêmio Cachaça Cinema Clube no Festival Brasileiro de Cinema Universitário.
“Filme de Domingo” (Brasil-SP, 2020, 28 min, 12 anos) - Lincoln Péricles
É do Capão Redondo, periferia de São Paulo, que emerge essa história. Em um domingo de sol, o retrato da vida que se impõe, junto à delicadeza e energia da criança.
Selecionado para a Mostra de Tiradentes, CachoeiraDoc - Festival de Documentários de Cachoeira, Festival Internacional de Curtas de São Paulo - Curta Kinoforum e Curta Brasília - Festival Internacional de Curta-Metragem de Brasília.
“Marte Um” (Brasil-DF/Portugal, 2022, 115 min, 16 anos) - Gabriel Martins
Os Martins, família negra de classe média baixa, seguem a vida entre seus compromissos do dia-a-dia e seus desejos e expectativas, mesmo com a tensão de um governo conservador que acaba de assumir o poder no país. Em meio a esse cotidiano, Tércia cuida da casa enquanto passa por crises de angústia, Wellington quer ver o filho virar jogador de futebol profissional, Eunice tem um novo amor e o pequeno Deivinho sonha em colonizar Marte.
Selecionado para o Festival de Sundance; indicado oficial do Brasil para o Oscar 2023 de melhor filme internacional; vencedor dos prêmios de melhor roteiro, melhor trilha musical, prêmio especial do júri e prêmio do público no Festival de Gramado; grande prêmio do júri no L.A. Outfast e no Festival de Nashville; prêmio do público no Festival Internacional de São Francisco.
Programação online (plataforma Sesc Digital - https://sesc.digital/)
“A Blogueira da Favela” (Brasil-SP, 2022, 34 min, 14 anos) - Arthur Jesus
Beca é uma jovem de Paraisópolis que sempre gostou de chamar atenção nos bailes. Até que ela vê sua vida virar de cabeça pra baixo após um de seus vídeos cair nas mãos de sua chefe. E agora?!
“Armando o Barraco” (Brasil-SP, 2003, 7 min, 14 anos) - Rodrigo Valadares, Danilo Barretos, Fabiano Oliveira, Adriana Freitas, Geonilson Dantas e Fabio Dantas (Batóra) / Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual
A criatividade nas condições de vida dos moradores de palafitas de Heliópolis.
“Contagem” (Brasil-MG, 2010, 18 min, 14 anos) - Gabriel Martins e Maurílio Martins
Um acontecimento, quatro pessoas e a cidade de Contagem.
Vencedor dos prêmios de melhor curta-metragem no Hollywood Brazilian Film Festival e no FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa; melhor direção e Prêmio Porta Curtas no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; melhor direção no Festival de Vitória.
“Defina-se” (Brasil-SP, 2002, 5 min, 14 anos) - Kelly R. Alvez, Claúdio N. de Souza e Daniel M. Hilário / Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual
Manifesto audiovisual sobre a trajetória dos negros no Brasil, da senzala à periferia da cidade grande. Defina-se.
“Medo na Minha Pele” (Brasil-SP, 2022, 10 min, 14 anos) - Braion Souza / É Nóis na Fita
Relatos fortes e imagens densas buscam traduzir o sentimento indescritível e assustador deixado pelo racismo. A obra é atravessada pela sensação constante de que o medo para pessoas negras, antes de qualquer coisa, passa pela pele.
“O Segredo das Armas” (Brasil-SP, 2008, 4 min, 14 anos) - Ana Paula, Patrícia Cardoso, Fernanda Dantas e Reginaldo Gomes / Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual
Uma cidade frente ao confronto iminente. Exércitos e civis em lados opostos. Pode ser o fim de todos ou a solução dos conflitos por meio da dança. Musical que apresenta a força do Hip Hop.
“Quintal” (Brasil-MG, 2014, 26 min, 14 anos) - André Novais Oliveira
Mais um dia na vida de um casal de idosos da periferia.
Selecionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, IndieLisboa, Festival de Cartagena, Cinelatino – Rencontres de Toulouse, Festival de Melbourne, Under30 Film Festival (EUA), Festival Pantalla Latina (Suíça), Festival de Curtas-Metragens de Winterthur (Suíça), BOGOSHORTS – Festival de Curtas-Metragens de Bogotá, Festival de Zagreb, Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Panorama Coisa de Cinema, Janela Internacional de Cinema do Recife e Semana dos Realizadores.
“Raízes do Mercado” (Brasil-SP, 2022, 18 min, 14 anos) - Jaime Santos, Daniel Calado Souza, Samara Faustino e Francina Ferreira de Lisboa / Oficinas Querô
Realizado durante oficinas audiovisuais do Instituto Querô pelo projeto Querô Comunidade, o documentário conta por meio de depoimentos dos moradores, um pouco da história dos bairros Vila Nova e Paquetá e a relação da região com as moradias em situação de cortiços, situadas próximas ao Mercado Municipal na região portuária de Santos.
Vencedor de menção honrosa do júri e prêmio do público no Santos Film Festival; Menção TV Cultura para Novos Olhares no Curta Kinoforum – Festival Internacional de Curtas de São Paulo.
“Rap: o Canto da Ceilândia” (Brasil-DF, 2006, 15 min, 14 anos) - Adirley Queirós
Alguns dias antes da Copa do Mundo FIFA de 2014 no Brasil, um operário reflete sobre seu trabalho.
Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem e prêmio do público no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; melhor curta documentário no FAM – Florianópolis Audiovisual do Mescosul; melhor filme no Curta-SE – Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe; Prêmio Canal Brasil de Curta-Metragem no É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários; Prêmio Destaque da Realidade Nacional e menção honrosa do Prêmio ABD-Rio no Festival do Cinema Universitário do Rio de Janeiro.
“Ruim é Ter Que Trabalhar” (Brasil-SP, 2015, 10 min, 14 anos) - Lincoln Péricles
Alguns dias antes da Copa do Mundo FIFA de 2014 no Brasil, um operário reflete sobre seu trabalho.
Selecionado para o CachoeiraDoc.
“Tato” (Brasil-SP, 2001, 8 min, 14 anos) - Luciano Oliveira, Wesley Campos Rocha, Thaise Fiuza e Alex Nogueira de Souza / Oficinas Kinoforum de Realização Audiovisual
Tato sai à procura de trabalho. Depois de muitas recusas, o jovem skatista, entre uma manobra e outra, fala dos seus desejos e esperanças.
“Vigília” (Brasil-SP, 2022, 7 min, 14 anos) - Patrícia Figueiredo / É Nóis na Fita
Carolina é tomada pela angústia e pelo sentimento de impotência quando descobre que o irmão sofreu uma abordagem policial violenta e sumiu.