Programação integrante de parceria da Escola Livre de Cinema e Vídeo de Santo André - ELCV e o MIS - Museu da Imagem e do Som do Estado de São Paulo através do Programa Pontos MIS.
Quando: Dia 11 de abril de 2024 das 18h às 22h (4 horas).
Gratuito
Classificação - A partir dos 16 anos
40 vagas
Local - Escola Livre de Cinema e Vídeo - Avenida Industrial, 1.740 - Bairro Campestre - Santo André - Clique aqui e veja mapa de como chegar.
Os filmes de horror têm muito a ver com a história das pessoas negras, pois o horror é basicamente a história do oprimido sendo acuado por seus algozes. Embora a população negra nos Estados Unidos seja de apenas 13% (em contraste ao Brasil, onde pretos e pardos representam 55% do total), estima-se que 25% da bilheteria de cinema seja de pessoas negras. Mesmo assim, o tratamento a afrodescendentes nas telas durante muito tempo foi caricato, indigno e muitas vezes ofensivo. No terror isso começou a mudar com A Noite dos Mortos-Vivos (1968), o primeiro filme do gênero protagonizado por um ator negro (sendo que o papel originalmente não especificava a questão racial). O fenômeno da estética blaxploitation, no início dos anos 1970, trouxe as primeiras versões "black" de monstros clássicos, incluindo Blacula e Blackenstein. Esse cenário mudou radicalmente nos últimos anos, com uma grande variedade de filmes de horror com protagonismo negro, a partir do sucesso inesperado de Corra! (2017), de Jordan Peele, premiado com o Oscar de melhor roteiro original. Peele prosseguiu com "Nós" (2019) e "Não! Não Olhe!" (2022), e produziu A Lenda de Candyman (2021), dirigido por Nia DaCosta, ajudando a tornar o tema um dos focos centrais do horror atual. A oficina Protagonismo Negro nos Filmes de Horror, com 4 horas de duração, ministrada pelo crítico e pesquisador de cinema fantástico Carlos Primati, irá abordar o tema com apresentação de slides e trechos em vídeo.
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O Carlos Primati é pesquisador especializado no cinema fantástico, desde Expressionismo alemão até a produção contemporânea, passando por todos os ciclos de horror e ficção científica, incluindo a produção nacional, o cinema de suspense de Alfred Hitchcock, o terror brasileiro de José Mojica Marins (Zé do Caixão) e outros temas. Ministra cursos de cinema de gênero no MIS e foi palestrante do programa Pontos-MIS em 2018 e 2019 abordando o Horror no Cinema Brasileiro, tendo visitado dezenas de cidades.
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Pontos MIS é um programa de circulação e difusão audiovisual que visa promover a formação de público e a circulação de obras do cinema. Estabelecendo parcerias para criar pontos de difusão audiovisual espalhados pelo Estado. O programa é uma parceria entre o Museu da Imagem e do Som - MIS e as cidades do Estado.
O MIS entra com a programação e o material de divulgação e a cidade com a infra-estrutura necessária (espaço adequado para as exibições, equipamentos, equipe e divulgação local). Mensalmente, enviamos um programa de filmes diferente para ser exibido, na maior parte das vezes composto por 1 curta e 1 longa-metragem, acompanhado de uma atividade complementar, que pode ser um bate papo com o diretor do filme ou uma oficina audiovisual. Estamos ampliando a área de atuação do MIS, estabelecendo parcerias para criar pontos de difusão audiovisual espalhados pelo Estado, levando, assim, ações do MIS a lugares sem a mesma infraestrutura. Levar a programação do MIS para outros centros é uma das linhas de atuação da atual gestão do Museu. Ressaltamos a importância do programa, que busca democratizar o acesso ao cinema, a fim de contribuir para a formação de platéias, a difusão de filmes e o estímulo à produção local.
ELCV - Escola Livre de Cinema e Vídeo de Santo André
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