27/08/2014 |
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Celebrando o curta metragem |
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Por Diaulas Ullysses
No dia 20 de Agosto de 2014, as 21hs, em São Paulo, no SESC Vila Mariana –Foram celebrados os 25 anos de AMOR ao cinema de CURTA METRAGEM...Nesse dia foi coroado, numa noite em que essa celebração nos mostram como pessoas são mais importantes, nesse processo evolutivo do cinema ...e nesse dia a celebração na noite de abertura do 25º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, não poderia deixar de deixar um abraço cinematográfico pra Zita Carvalhosa – uma mulher de fibra e que pulsa em seu coração o fogo do vulcão do CINEMA. Ela naquele palco não só nos colocou em foco o cinema de curta metragem, mas dialoga a cada ano com outros universos do fazer cinematográfico.
E nessa noite na companhia do cineasta de São Bernardo Milton Santos Jr. – fomos na entrada,registrados pelas lentes magicas de Ida Feldman – num click fomos parar no site da Kinoforum. Depois fomos agraciados com elogios certeiros aos 25 anos do festival – de sua força dentro do Cinema brasileiro por órgãos públicos e privados – que em sua maioria apoiam e fortalecem essa ação. Depois assistimos alguns curtas belíssimos e vou comentar aqueles que achei fora de série. Começo com o TRÊS PEDRAS PARA JEAN GENET, de FriederSchlaich (7 min.) -é um desses filmes emblemáticos e de compreensão mais profunda na sua estética visual e sonora - para os menos desavisados uma colagem de imagens de viagem – mas elas colam e descolam o que vem a nos desvendar no final - primeiro que o filme nos coloca num olha da personagem – então viramos a personagem da narrativa – aí das pedras descolamos da personagem e viramos de novo espectador e as pedras pra Jean Genet são depositadas em seu tumulo...e fluímos num mar, eu, você e a personagem que depositou as pedras. O outro é o ganhador da Palma de ouro – o curta LEIDI, de Simon Mesa Soto (15 min.) – A abertura do filme já mostrava uma fotografia com poder de sedução – quando nos deparamos com uma menina – e nas cenas descobrimos que ela é mãe de um bebe – em outra cena o barulho da água nos conduz a um afogamento perturbador, mas não – ela simplesmente estava banhando a criança. E a trama nos conduz uma Menina e seu Bebe na busca de reencontrar o Marido – outra criança – nas ruas, avenidas e periféricas de Bogotá. A dúvida assola Laidi – com medo ao 3 comprar bananas para sua mãe se vê as voltas a procura de solucionar a dúvida da traição do marido. E sempre com o Bebe nos braços ela segue sua busca – até encontra-lo lavando um velho ônibus. Ela conversa com ele – ele muito malando e amoroso com o Bebe – a leva até a condução que fecha em chave de ouro numa cenas dentro do ônibus – enquanto ele volta a ficar perto do ônibus que estava lavando conversando com um amigo. A dor dessa historia está no interno desses universos particulares desses jovens de periferias – tão parecidas com as nossas – dessas crianças tendo filhos e vivendo nesse universo falso de princesas – sempre enganadas pelos meninos – os tais príncipes que na maioria faltam-lhes dentes para sorrir a vida. E finalmente o curta que mais me emocionou e me fez ganhar a noite – o curta metragem de Brasília, realizado todo na cidade de Estrutural – DF; o MEU AMIGO NIETZSCHE, de Fauston da Silva (15 min.) - Nunca ri tanto nesses últimos tempos vendo um filme tão instigante como esse – primeiro que faz um garoto (Lucas) que encontra no lixão da periferia de Brasília um livro do filósofo alemão do século 19 Friedrich Nietzsche (Assim Falava Zaratustra) que faz uma mudança radical em toda sua vida revolucionando sua mente, sua vida a da sua família e de seus amigos – e numa condução surreal o diretor nos leva a uma universalização dos relatos filosóficos para nosso cotidiano brasileiro – é um deleite ao conhecimento – um alerta – ele provoca mudanças expressivas nas vidas de quem busca os caminhos da filosofia. Fora que os jogos de imagens do curta são divertidíssimas – bem resolvidas e puramente geniais.
E ao final da sessão – o encontro ainda fervia – ao ver que na plateiatinham alunos de várias turmas da ELCV – Escola Livre de Cinema e Vídeo de Santo André. Encontramos também o William Hinestrosa, importante produtor dokinoforum, que nos recebeu com afetuosos abraços – e a festa começou bem agitada.
Os encontros e a força dessa celebração do 25º Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo – sendo coroado com essas turmas da ELCV– sabendo que os realizadores de cinema do ABC Paulista estão dialogando e buscando seu espaço em São Paulo – além de prestigiar esse evento – que acho o maior do Brasil – foi muito importante para todos nós que amamos CINEMA.
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