-- Escola Livre de Cinema e Vídeo de Santo André --
- Cineclube -
Data da exibição - 21/08/2025
O Corintiano - Festival Mazzaropi / Cinemão de Quinta - Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes | Cineclube ELCV
Programação integrante de parceria da Escola Livre de Cinema e Vídeo de Santo André - ELCV, a Cinemateca Brasileira, o Instituto Mazzaropi e o Museu Mazzaropi
O Corintiano - Festival Mazzaropi no Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes
Manuel (Mazzaropi) é um torcedor fanático do Corinthians. Barbeiro por profissão e obcecado pelo Timão, ele vive tendo problemas com os vizinhos e a família por conta de sua paixão descontrolada pela equipe.
Sobre o Festival Mazzaropi
Festival Mazzaropi em comemoração ao centenário do Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes
O Festival será a grande atração em comemoração ao centenário do Cine Teatro Carlos Gomes em agosto no Cinemão de Quinta, uma vez que os filmes de Mazzaropi levavam centenas de pessoas ao cinema na década de 60, com grande sucesso, e será uma forma de reviver essa história.
Os filmes foram cedidos gentilmente por meio de uma parceria da Secretaria de Cultura com o Museu Mazzaropi, Cinemateca Brasileira e Reza Brava Filmes, detentores dos direitos de exibição.
IMPORTANTE: DOS 7 filmes que serão exibidos no Festival, seis deles foram recuperados e digitalizados pela Cinemateca Brasileira e Museu Mazzaropi .
A Cinemateca Brasileira e o Museu Mazzaropi recuperaram e digitalizaram seis filmes de Amácio Mazzaropi (1912-1981). Aprovado por edital da Lei Paulo Gustavo, pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, o projeto “Digitalização e Difusão de Obras de Amácio Mazzaropi” teve um investimento de R$ 200 mil e incluiu mostras e debates no segundo semestre deste ano, tanto na sede da Cinemateca Brasileira, na capital, quanto no Museu, em Taubaté.
Conhecido pelo personagem do caipira, que marcou sua carreira, os filmes dos quais Mazzaropi participou se caracterizavam pelo humor, às vezes com um toque de melodrama, que abordavam temas e discussões importantes como o racismo, a reforma agrária, injustiças sociais, e a relação entre campo e cidade. Assim, Mazzaropi construiu um conjunto de obras que se voltou para o cotidiano de grupos marginalizados da sociedade brasileira, tendo o humor como ponto central e uma linguagem popular capaz de alcançar números de bilheteria impressionantes.
“A obra de Mazzaropi ocupa um lugar especial na história do cinema brasileiro pelo seu alcance popular. Com essa importante ação, a Cinemateca Brasileira reforça seu objetivo primordial de preservar o audiovisual e de disponibilizar o acervo através do processo de digitalização”, destaca Maria Dora Mourão, Diretora Geral da Cinemateca Brasileira.
“Mazzaropi fez um cinema genuinamente brasileiro que continua sendo visto e revisto. Seus filmes ainda hoje inspiram cineastas e artistas que, como ele, buscam retratar o Brasil. O restauro digital destes seis filmes vai reavivar Mazzaropi e as nossas brasilidades”, complementa Claudio Marques, Curador do Museu Mazzaropi.
Para a recuperação das obras, o processo contemplou ações de pesquisa, conservação e digitalização de 6 títulos, que passaram a contar com cópias em formato DCP para circulação em salas de cinema. “Ao lado de tantos outros filmes brasileiros, a obra de Mazzaropi merece ser restaurada, preservada, assistida e pesquisada”, ressalta Arthur Feijó, Conselheiro do Instituto Mazzaro
Os filmes contemplados no projeto pertencem aos acervos da Cinemateca Brasileira e do Museu Mazzaropi. São obras que não possuiam cópias digitais para difusão e são importantes para filmografia de Mazzaropi, como a sua estreia no cinema, Sai da frente (1952), dirigido por Abílio Pereira de Almeida e Tom Payne e produzido pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz; O Corintiano (1966), de Milton Amaral, que contém cenas de jogos do Corinthians.
LEGADO DE MAZZAROPI
A Cinemateca Brasileira conserva mais de 200 materiais audiovisuais relativos à filmografia de Amácio Mazzaropi, cujos direitos estão distribuídos em diferentes detentores; além de uma coleção de cerca de 600 fotografias, cartazes e outros materiais documentais.
O Museu Mazzaropi foi criado em 1992, em Taubaté, SP, onde, na década de 70 até meados de 80, existiam os estúdios de cinema da PAM Filmes. Possui o mais representativo acervo sobre a vida e obra do artista, com cerca de 20 mil itens, entre fotos, documentos e objetos; e atende visitantes e pesquisadores das áreas de cinema, TV, rádio e teatro, cultura popular, além de estudantes e público em geral.
LISTA DE FILMES QUE FORAM RECUPERADOS E DIGITALIZADOS e serão exibidos no Festival Mazzaropi no Teatro Carlos Gomes
1. Sai da frente (1952), direção de Abílio Pereira de Almeida e Tom Payne – Titularidade Cinemateca Brasileira. (Em 04/09)
2. Candinho (1953), direção de Abílio Pereira de Almeida – Titularidade Cinemateca Brasileira. (Em 11/09)
3. Zé do Periquito (1961), direção de Amácio Mazzaropi e Ismar Porto – Titularidade Museu Mazzaropi. (em 07/08)
4. O Lamparina (1964), direção de Glauco Mirko Laurelli – Titularidade Museu Mazzaropi. (em 14/08)
5. O Corintiano (1966), direção de Milton Amaral – Titularidade Museu Mazzaropi. (Em 21/08)
6. O Puritano da Rua Augusta (1966), direção de Amácio Mazzaropi – Titularidade Museu Mazzaropi. (em 28/08)
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07/08
19h - Palestra e introdução do Festival Mazzaropi com Celso Sabadin, grande conhecedor da obra. Logo após a exibição do filme haverá uma roda de conversa com Sabadin e público.
19h30 - Exibição do filme Zé do Piriquito (1960)
GENTILMENTE CEDIDO PELO museu MAZZAROPI
Direção: Amácio Mazzaropi, Ismar Porto
Roteiro Ismar Porto
Elenco: Amácio Mazzaropi, Geny Prado, Roberto Duval
SINOPSE
Zenó (Mazzaropi) é um pobre jardineiro de tradicional colégio paulistano que se apaixona por uma das alunas do local, bem mais rica e jovem que ele. Disposto a conquistá-la, ele decide ficar rico, se envolvendo nas mais variadas encrencas e situações engraçadas.
Canções
O filme contém canções como "Passe a viver", letra e música de Heitor Carillo, cantam Hebe Camargo e Agnaldo Rayol; "Gostoso mesmo é namorar", letra e música de Heitor Carillo, cantam Cely Campello, George Freedman, Paulo Molin, Tony Campello e Carlão; "Saudade me deixa", letra e música de Bolinha, canta Mazzaropi; "Jóia do Sertão", letra e música de Elpídio dos Santos, canta Mazzaropi.
Estúdio
Foi utilizado o estúdio filmagem da Vera Cruz (São Bernardo do Campo - SP), para a gravação do filme.
------------------------------------------------------ Museu Mazzaropi (https://museumazzaropi.org.br/) Um lugar dedicado a Mazzaropi e à cultura brasileira
A exposição permanente “Mazzaropi, o Brasil e a Felicidade” foca no artista, sua terra e seu tempo.
Século 20 – da estreia em circos mambembes à consagração no cinema… os filmes de Mazzaropi retratam aspectos da vida brasileira que ainda hoje estão presentes.
Para contar essa história, a exposição combina arte e ciência, na magia dos efeitos óticos, imagens em movimento, música, objetos cenográficos, equipamentos de cinema da época e recursos digitais de hoje.
Mazzaropi, o ator, cantor, produtor, diretor, roteirista, cenógrafo, personagem de quadrinhos… todos eles estão presentes.
Além da exposição, o Museu dispõe de um anfiteatro para 350 pessoas e recebe inúmeros eventos, entre eles, o Festival de Cinema e a Semana Mazzaropi, em abril.
No “Empório Mazzaropi” tem os filmes em dvd e livros sobre o artista, a premiada Cachaça Mazzaropi e o reconhecido artesanato da região.
Buscamos promover a cultura como um movimento de reflexão e aprendizado. Inspirados pela obra de Mazzaropi, nossas ações privilegiam o humor como um importante meio facilitador das relações sociais e uma forma prazerosa do pensar e agir na sociedade.
------------------------------------------------------ Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes
O Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes tem sua trajetória ligada ao início do movimento cultural do ABC, pois além de ser o primeiro cinema instalado no município e estar associado à origem do movimento teatral da região, era um espaço para bailes carnavalescos, concertos e apresentações musicais. Inaugurado em 1912 por Vincenzo Arnaldi funcionava inicialmente na esquina da Rua Coronel Oliveira Lima com a atual Rua SavinoDegni. Em 1925 se mudou para a Rua Senador Fláquer, em uma edificação construída por Arthur Boschetti para especial finalidade de abrigar uma casa de espetáculos denominada originalmente de Theatro Carlos Gomes. Possuía características arquitetônicas neoclássicas na fachada, interior com amplo salão, além de frisas que contornavam toda a área. Tinha capacidade de atender até 800 pessoas.
Na primeira metade do século XX era um dos principais espaços de convivência e manifestações culturais, pois permitia oportunidades de acesso às atividades culturais aos moradores dos bairros da Estação e Ipiranguinha, assim como de regiões mais distantes do município que eram atraídas pelas atividades culturais, ainda escassas no distrito de Santo André.Além disso, sua proposta multicultural se expandiu para além de suas paredes, por meio de atividades circenses e desfiles carnavalescos que aconteciam no seu entorno.
A força cultural do Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes perdurou ao longo dos anos, mantendo um público contínuo e crescente que motivou modernizações no edifício, como aquela ocorrida entre os anos 1940-50, com substituição do piso original por tábuas de ipê, instalação do balcão no mezanino para ampliar a capacidade de público, criação do sistema de iluminação e ventilação no teto, sob forma de estrela e a modificação da fachada que recebeu uma marquise sustentada por colunas retangulares, assumindo ares de Art Decô.
Mas, em meados da década de 1970, o Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes sofreu os efeitos da decadência das salas de cinema decorrente da popularização das TVs e na década de 1980 o prédio foi fechado. Em 1988, uma reforma para instalação de loja de tecidos na área frontal e estacionamento para veículos no local da plateia culminou na destruição total de sua fachada. A pressão popular em prol de sua preservação, sobretudo pelo movimento SOS Carlos Gomes contribuiu para que sua desapropriação fosse efetivada, em 1991, e fosse reaberto, no ano seguinte, como espaço cultural com atividades culturais e de formação na área de cinema e vídeo.
Em 2009 o espaço foi interditado por falhas na manutenção e em 2012 sofreu descaracterização quase total em decorrência de uma obra inadequada. Mais recentemente, em resposta às novas manifestações populares e à presença na memória afetiva da população, a Prefeitura realizou uma readequação do espaço, seguindo sua veia original de espaço multicultural.
Este edifício foi tombado em outubro de 1992 como patrimônio cultural de Santo André pelo COMDEPHAAPASA - Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André. As motivações se expressam por sua longa permanência na paisagem; por seu valor simbólico como polo cultural e espaço de fruição, socialização e cidadania; e por suas características arquitetônicas ecléticas. Além disso, há uma forte ligação afetiva e de memória com a comunidade, com a oferta das diversas formas de manifestações artísticas e atividades culturais.
Texto retirado da página de apresentação do Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes, para acessar a página completa clique aqui.
------------------------------------------------------ Cinemão de Quinta com exibição de filmes gratuitos no Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes.
------------------------------------------------------ O Cineclube ELCV acontece desde o ano de 2.006 com inúmeras versões, variações, temas e imensa variedade de implementação de suas sessões e formas de exibição nas mais diferentes salas, auditórios, locais da cidade de Santo André tendo em comum, sempre, apresentar diversificada, e sempre gratuita, seleção de filmes, longas, médias e curtas metragens, tanto dos alunos da escola quanto de mostras e de realizadores independentes e de parceiros, com conversas entre os participantes, com realizadores, em cursos temáticos e muitas outras formas de divulgar e formar um dicionário cinematográfico a todo(a)s que participaram das sessões.
Sempre com realização de parcerias de Embaixadas, como em seus primeiros anos, de Instituições e Equipamentos Culturais os mais plurais, além de ser ponto exibidor na cidade de Santo André das mais conceituadas Mostras de Cinema de todo o Brasil.
Faça parte da história Cineclubista de Santo André, prestigie as sessões do Cineclube ELCV.