- Mirim é uma menina de rua que passa os dias a observar Lexx, um pequeno dinossauro que nascera antes da hora no Dinoshop do irritadiço e ganancioso Barbarussa, especializado em vender ovos de dinossauro para os poucos que podem pagar. Quando Barbarussa se irrita pelo fato de Lexx nunca ser vendido, Mirim sabe que terá de enfrentar seus medos para ajudar seu amigo.
Fazenda Rosa
Direção: Chia Beloto
Duração: 9min
UF/Ano: PE/2017
- Erasto Vasconcelos, poeta da percepção da vida, faz eco da “pernambucaneidade” do que nos rodeia, do rio, das aves, dos bichos do mangue, das árvores, do que se planta para comer, das pessoas que nos cantam e das cantigas de roda.
Lia
Direção: Giulia Donato
Duração: 11min
UF/Ano: RJ/2017
- Lia, uma monstrinha nada assustadora que habita o vão sob a cama da menina Ana, sai de seu esconderijo à noite enquanto a criança dorme. Entre tentativas frustradas de assustar a menina, que já não teme suas peripécias, recebe uma visita inesperada e, com ela, a notícia de que precisa partir.
Mira
Direção: Janaina da Veiga
Duração: 8min
UF/Ano: PR/2017
- Fátima vê uma estrela cadente e faz um pedido. Lá fora, ela terá que lidar com seus monstros, sejam eles reais ou não.
O dedo de Ian
Direção: Igor Amin
Duração: 6min
UF/Ano: MG/2018
- Um registro de uma manhã de outono diferente na vida do pequeno Ian, garoto capaz de imprimir na câmera sua subjetividade.
------------------------------------------------------ O que é MFL 2018 - URGÊNCIAS AUDIOVISUAIS
A MFL se transformou, nos últimos anos, na maior mostra audiovisual do Brasil, exibindo a cada edição mais de 200 filmes (brasileiros) em várias capitais. Quando um evento focado na (crescente) produção alternativa, feita na maioria das vezes sem patrocínios ou uso de verbas públicas, se torna o maior de um lugar como o Brasil, toda reverberação é importante. Fruto da dedicação e esforço de muita gente, por mais de década a MFL insiste que o cinema mais amoroso que monetário é fundamental de ser feito e mostrado.
Os 230 filmes desta edição compõem um caleidoscópio do país que nos tornamos, que somos, com tudo de posi/negativo que este painel carrega, visto que o Brasil é cheio de contradições, muitas delas seculares e mal resolvidas. Pelo Brasil adentro são feitos filmes que buscam levar à tona questões que muitas vezes incomodam - sejam elas estética ou políticas. O cinema livre trata desse lado espinhoso do cinema nacional, de modo que a MFL nasceu e segue viva para exibir e pensar o que de mais original, exótico, poético e subversivo os brasileiros têm sido audiovisualmente.
A visão do CCBB em 2002, ao nos bancar pela primeira vez, evidencia a graça e eficácia de uma política cultural não de governos, mas republicana, que visa plantar (e planta) raízes fortes a fim de gerar frutos coletivos e de longo prazo. Ao nos hospedar nestes 17 anos, o CCBB se tornou porto fundamental na difusão do cinema independente brasileiro, que tem na MFL um manancial de filmes feitos por amor, cada qual com a sua urgência motivadora, e isso importa e quer dizer muito nestes tempos.
Começamos exibindo VHSs, Betas e 16mm, depois DVDs e blurays, hoje HDs e pen drives. Vivemos os tantos impasses destas mudanças de formatos tanto de captação quanto de projeção, e do que se entende por audiovisual. A cada edição comprovamos um ditado criado por nós mesmos: se cinema é cachoeira, vídeo é arrebentação. Que essa quebradeira siga firme e cada vez mais forte, em nome da poesia e liberdade de expressão!